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CIDADE LINDA | Lei anti-pixo passa na primeira votação em seção do Plenário de SP

A primeira seção de votação da Lei Anti-Pixo teve maioria favorável dos votos de vereadores da cidade de São Paulo. A lei divide grafiteiros e pixadores e visa criminalizar ainda mais a juventude negra.

sexta-feira 10 de fevereiro de 2017 | Edição do dia

Houve apresentação do presidente da camara defendendo lei anti-pixo, divindo os grafiteiros e os pixadores, atribuindo ao primeiro o caráter de arte. O apelo populista às famílias foi mais uma vez recurso dos mesmos vereadores que defendem a precarização do trabalho e a carestia de vida dessas mesmas famílias.

Odete Cristina, colunista do Esquerda Diário, fala sobre a votação e a criminalização que ocorreu hoje na Câmara.

A explicita defesa da propriedade privada por esses vereadores demonstra o caráter da lei, que teve como únicas vozes de denúncia à política higienista as dos vereadores do PSOL e do PT. Em meio ao debate de aprovação da lei, houve uma grande confusão devido à intervenção da vereadora Juliana Cardoso (PT), na qual denunciou que assessores de Fernando Holiday haviam invadido uma reunião do PT, com acusações de agressão entre outras. O vereador de direita, aliado ao MBL, fingiu surpresa e espanto com a denúncia, que após averiguação se provou verdadeira.

Rafael, militante da Faísca, fala sobre a votação que ocorreu neste dia 10/02 na Câmara de Vereadores de São Paulo.

Após a apuração, a seção seguiu com a fala da vereadora do PSOL, Sâmia Bonfim, que denunciou como essa lei visa criminalizar a juventude negra. Interrompendo a vereadora, Holiday tomou a palavra para dizer que ele enquanto negro quer aprovar esse projeto e que não se sente criminalizado pela lei, mas pelos negros que pixam as ruas.

Esteve presente à seção Mauro Neri, onde saudou a iniciativa da Juventude Faísca – Anticapitalista e Revolucionária, que esteve com seus militantes pela campanha “em defesa da arte de rua”.

A seção se encerrou com a votação favorável a lei, por 37 votos a favor e apenas 3, com os vereadores do PT se recusando a votar devido à denúncia de agressão. Na próxima terça ocorrerá a segunda seção de votação.




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