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PARTIDO | Lançamento do MRT em Campinas reúne dezenas

sábado 2 de maio de 2015 | 00:00

Neste 1º de maio o MRT (Movimento Revolucionário dos Trabalhadores, ex-LER-QI) realizou sua atividade de lançamento no interior de SP na cidade de Campinas. A atividade reuniu mais de 60 pessoas, com professores em greve da rede estadual e professores da rede municipal, operários, trabalhadores dos Correios, estudantes da Unicamp, PUC, trabalhadores de várias cidades do interior paulista como Marília, Araraquara, Franca, Vinhedo, Jundiaí e Campinas.

O lançamento ocorreu logo após a participação do MRT no 1º de maio em Campinas. A atuação do MRT ficou marcada pela construção de um bloco antigovernista que expressou, sobretudo, o apoio aos professores da rede estadual em greve e contra a repressão aos professores do Paraná em luta contra os ajustes do PSDB. Mas também, reafirmarmos em nossas consignas,uma forte denúncia às MPs 664 e 665 de Dilma e o PL 4330 (lei da terceirização), e a responsabilidade do PT nestas medidas que atacam direitos e aumentam a precarização da vida dos trabalhadores em todo país.

Contamos com a presença de trabalhadores da indústria que destacaram a importância da organização dos trabalhadores em cada local de trabalho e num partido revolucionário, com uma estratégia que supere o reformismo e assim possa combater toda a opressão e a exploração dos trabalhadores no capitalismo e que esteja profundamente enraizada no movimento operário industrial. Para isto, serão necessárias forças militantes presentes em organizações da esquerda como o PSOL e o PSTU, uma vez que a crise do petismo (como parte do declínio dos governos pósneoliberais em toda a América Latina) exige a discussão de estratégia baseada nas lições da luta de classes para buscar resolver este impasse.

Danilo Magrão, professor da rede estadual em greve e Tatiane Lopes, do CACH-Unicamp, ambos militantes do MRT, fizeram um chamado aos trabalhadores em luta e a juventude a conhecerem o MRT e também o diário digital, Esquerda Diário, há um mês lançado no Brasil, e que é impulsionado por militantes do MRT, conformando um site à serviço de uma imprensa com o ponto de vista dos trabalhadores, independente dos governos e dos empresários.

Também no interior de SP, mostrou-se como o MRT se propõe a organizar os trabalhadores que estão na linha de frente das greves, principalmente da greve dos professores da rede estadual de SP, como um movimento de trabalhadores e da juventude que se colocou em solidariedade aos professores do Paraná em luta e contra a repressão aos que lutam, contra aos ataques do PT contra os trabalhadores e o PL 4330 que amplia a terceirização. Além da luta pela imediata negociação de Alckmin com os professores em greve a mais de 45 dias. Logo depois da apresentação do MRT houve uma feijoada.

O lançamento do MRT em Campinas ganha ainda relevância política pelas particularidades estratégicas da região para os interesses dos governos e dos capitalistas, pois a região é uma das de maior concentração industrial no país, com um importante polo automobilístico, petroquímico e farmacêutico, e ainda com Universidades de “excelência” como a Unicamp, e também com um polo do agronegócio, assim como no restante do interior do estado. Outro destaque são os ataques aos serviços públicos, principalmente com o avanço nos projetos de privatização da saúde, como na recente lei das “OSs” (Organizações Sociais) do governo Jonas Donizete do PSB, que significa na realidade a privatização disfarçada dos serviços públicos básicos de saúde.

Neste contexto de ataques aos trabalhadores, tanto nacional quanto regionalmente, que o MRT é lançado em Campinas, como contribuição na esquerda para a emergência de uma alternativa real de organização independente, antigovernista, dos trabalhadores e da juventude contra os ataques dos governos e pela construção do partido da revolução social para superar este sistema de miséria e exploração de nossa classe.


Temas

MRT    Política



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