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LATAM não cumpre acordo coletivo e irá demitir funcionários com redução salarial

Após demissão em massa de 2 mil trabalhadores na LATAM em plena pandemia, empresa volta a demitir, quebrando acordo coletivo que previa estabilidade dos trabalhadores após redução salarial.

terça-feira 6 de outubro de 2020 | Edição do dia

Os aeroviários, além de expostos à COVID-19, têm sido um dos setores mais atingidos pela retirada de direitos em meio à crise econômica que afeta o mundo. Já são milhares de demitidos e só crescem o assédio e a chantagem patronal. A LATAM recentemente demitiu quase 2 mil funcionários só no Brasil. Demissão em massa que foi sucedida por nova rodada de demissões, dessa vez na categoria de aeronautas, com mais 2700 demitidos pela empresa. Isso depois de anos tendo enormes lucros através da exploração dos trabalhadores, e ao mesmo tempo em que o governo Bolsonaro concedia auxílio de bilhões de reais à empresa.

Mesmo diante de todos esses ataques, a empresa contou com a colaboração e a passividade do sindicato, para impor um acordo coletivo que implementava as reduções salarias, em troca de um suposta estabilidade, isso após já terem garantido milhares de demissões de efetivos e terceirizados. E agora se mostra ainda mais forte como a empresa está usando do momento para passar por cima de todos os direitos trabalhistas com a pretensão da empresa de demitir cerca de 50 trabalhadores, para terceirizar o setor contratando funcionários com menores salários que estão dia a dia enfrentando o estresse, a pressão e responsabilidade, contudo com salários de cerca de mil reais, que mal dá para sustentar uma família.

Esses funcionários, que trabalham nos DOTs, responsáveis pelo balanceamento da aeronave, estão com salários reduzidos desde o início da pandemia e receberam, nos últimos dias, um e-mail da empresa afirmando que voltariam a receber o valor integral de seus pagamentos. Esse movimento por parte da LATAM, entretanto, é uma manobra para quebrar o acordo coletivo e colocar esses trabalhadores e suas famílias na rua.

Essas demissões abrem espaço para que a empresa avance na terceirização do trabalho, explorando ainda mais os trabalhadores terceirizados em troca de salários baixíssimos e condições extremamente precárias. Com isso a LATAM mostra como vem sendo pioneira no uso da pandemia e da crise para descarregar a máxima intensificação da exploração e precarização sob seus trabalhadores.

Essa luta contra as demissões dos DOTs pode ser um fator que congregue todos aeroviários, da LATAM, Gol, Azul e as terceirizadas, que estão sofrendo com atraso de salários, corte de vale refeição e horas extras, com maior precarização e pressão devido ao acúmulo de funções. Por isso é importante unificar essa luta para transformar esse descontentamento em ação para impedir que as empresas sigam passando por cima dos direitos dos trabalhadores e da vida das suas famílias. Os sindicatos precisam se colocar a frente se organizar e unificar as categoria

Abaixo as demissões na LATAM e qualquer retirada de direito. Nenhum aeroviário a menos!




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