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KASSAB | Kassab vira réu em esquema de corrupção da Feira da Madrugada

Em ação movida pelo Ministério Público do Estado de SP, o ex-prefeito da capital e atual ministro das Cidades Gilberto Kassab (PSD) será julgado por improbidade administrativa por conta de um suposto envolvimento em um esquema de pagamento de propinas na famosa Feira da Madrugada, no Peri, no Centro da Cidade de São Paulo.

quarta-feira 19 de agosto de 2015 | 00:00

Segundo o MP, na Feira da Madrugada existe um esquema de negociação ilegal de boxes armado pelos administradores do centro de compras populares. Como o local é de responsabilidade da prefeitura, Kassab e mais dois ex-secretários de sua gestão estão sendo acusados de se omitirem acerca desse esquema. De acordo com os promotores, o então prefeito não agiu no sentido de "impedir com que a Feira da Madrugada se transformasse em ’local sem lei’".

O esquema de corrupção, além de envolver o atual ministro das Cidades do governo Dilma e os administradores locais da feira, inclui a suspeita de envolvimento da máfia chinesa e do PCC (Primeiro Comando da Capital). As denúncias afirmam que a administração da feira (comandada por João Roberto da Fonseca e seu "testa de ferro", o conhecido "xerife da feira" Manoel Sabino Neto) fechavam vendas ilegais com os lojistas, chegando a coagir os vendedores a pagarem altos preços pelo aluguel dos boxes. Segundo a investigação, a máfia chinesa pagava laranjas para obter vários boxes diferentes enquanto os membros do PCC garantiam a "segurança" dos ambulantes (ajudando a expulsar os comerciantes que não pagavam propina para o "xerife").

Em meio a esse cenário de corrupção, cujas apurações datam dos anos de gestão Kassab entre 2010 e 2012, tanto a defesa do ex-prefeito quanto a de seus secretários da época (Ronaldo Souza de Camargo, da Coordenação de Prefeituras, e Marcos Cintra, do Desenvolvimento Econômico e do Trabalho) negam o envolvimento e dizem que foram colocadas em práticas as medidas para a devida regularização.

O desembargador Borelli Thomaz afirma que eles [Kassab e Marcos Cintra] "apenas observaram as práticas ilegais e nada fizeram para coibi-las de modo efetivo, inclusive mantendo João Roberto como administrador do local".




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