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VIOLÊNCIA POLICIAL | Justiça para Carlos Adriano!!! Assassinado pela polícia

quarta-feira 1º de fevereiro de 2017 | Edição do dia

Na manhã desta terça-feira, 31/01, o jovem Carlos Adriano Coutilho costa, de 17 anos faleceu após ser atingido por uma bala perdida durante um suposto confronto. Ele foi baleado, segundo a polícia, durante uma troca de tiros entre PMs e traficantes. Carlos chegou a ser levado para o Hospital Azevedo Lima, em Niterói, mas não resistiu. Cerca de 80 moradores do Complexo do Caramujo, em Niterói, onde Carlos residia, fizeram um protesto contra sua morte e fecharam uma pista da via da Av. Amaral Peixoto por volta das 11h, sentido região dos Lagos, sendo dispersado ás 14h. Entre os cartazes expostos pelos moradores, que chegaram a atear fogos em pneus, havia frases como “Chega de violência. Comunidade também tem trabalhador” e “Menor de 17 morre a caminho do trabalho. Justiça!!!”.

"Nós iniciamos uma operação já previamente planejada na manhã de hoje, por volta das 7h da manhã na Comunidade do Mundo Novo, no Complexo do Caramujo. Logo que a polícia entrou houve uma troca de tiros com traficantes locais, tendo restado o jovem baleado", afirmou ao portal G1 o comandante Marcio Rocha, da 12ª DP, que afirmou, ainda, que a situação no local se encontra controlada.

Segundo o portal, O Globo, uma moradora da comunidade afirmou que ouviu os tiros enquanto tomava banho: — Estava tomando banho quando escutei dois tiros. Minha filha me chamou desesperada, saí correndo e quando fui para a rua vi um menino morto no chão. Chamei o tio dele, mas antes disso tiraram o corpo. Era um rapaz inocente, trabalhava em um lava-jato.

Infelizmente a realidade das comunidades do Rio de Janeiro mostra que não existe "bala perdida", pois essas balas sempre encontram um corpo negro no qual se alojar, nesta realidade cotidiana em que os jovens negros são mortos ou encarcerados todos os dias. Fica ainda mais evidente essa realidade quando ao ouvirmos os moradores da comunidade, que dizem que não havia nenhuma operação no complexo e que Carlos não foi atingido por uma bala perdida, mais sim foi vítima de assassinato policial, enquanto aguardava na porta de casa um colega para ir ao trabalho, sem nenhum tipo de abordagem. Além disso as equipes de reportagem foram proibidas de acessarem o local.

O enterro de Carlos Adriano está marcado para as 14h de hoje no Cemitério Maroí. Além disso, familiares a ativistas da luta pelos direitos humanos estão organizando um ato para hoje após o enterro. A ex-candidata a vereadora pelo PSOL do Rio de Janeiro, Carolina Cacau disse: " Não podemos naturalizar a brutalidade policial que ocorre todos os dias não apenas no Rio de Janeiro, mas em todas as periferias do Brasil. Me solidarizo com o luto desta família e me coloco ao lado dos demais lutadores pelos direitos civis para levar justiça a este caso."

Punição imediata aos assassinos de Calor Adriano!!!
Por uma investigação independente e juri popular aos policiais envolvidos!!!

Na Pagina de Deizeca Carvalho, ativista dos direitos humanos e estudante de direito, recebemos a seguinte mensagem:

ATENÇÃO
Companheiros a família precisa neste momento de suporte , a mãe está totalmente emocionalmente abalada Carlos estava aguardando na porta de casa um colega para ir para o trabalho quando foi baleado na cabeça na porta de casa sem nenhum tipo de abordagem
Familiares e amigos foram manifestar contra essa violência bizarra e foram detidos por policiais no local que verbalizavam
Matamos e dai é área de risco isso não vai dar em nada
Peço a todos que ajudem essa familia amanhã , pois o enterro sera realizado no cemitério Maroí ás 14:00

Sei que o Rio de janeiro em todas as favelas estão vivendo esse momento de terrorismo nas favelas Não PODEMOS DEIXAR ESSES POLICIAS IMPUNE
CARLOS ADRIANO COUTILHO COSTA de 17 anos hoje foi morto pela polícia militar indo para o trabalho , ele se encontrava com a marmita dentro da mochila , policias não deixaram a equipe de reportagem entrar no local para não denunciar mais esse crime hediondo
Mais um jovem Negro morador de favela do Rio
Hoje os moradores do Caramujo em Niteroi sofre com esse genocídio desse Estado fascista




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