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JUDICIÁRIO | Juiz punido por assédio sexual e moral à estagiárias terá afastamento remunerado do cargo

Juiz Glicério de Angiolis Silva foi punido pelo CNJ, segundo relator do processo administrativo ficou comprovado que o juiz gritava com profissionais das equipes, além de abordar estagiárias "com convites intempestivos e contatos físicos inadequados no ambiente de trabalho".

sexta-feira 18 de junho de 2021 | Edição do dia

O Plenário do Conselho Nacional de Justiça decidiu punir o juiz Glicério de Angiolis Silva, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, por acusações de assédio sexual e moral contra estagiárias e servidores e servidoras das varas de Miracema, Lage de Muriaé e Piracambi.

Entretanto, a punição escancara os altos privilégios da casta judiciária. O juiz longe de sofrer penas severas terá um afastamento remunerado do cargo. A pena de disponibilidade veda ao magistrado exercer outras funções, como advocacia ou cargo público, salvo um de magistério superior, além de impactar a progressão na carreira da magistratura. Após afastamento de dois anos, o juiz pode solicitar seu retorno ao trabalho, cabendo ao tribunal de origem, no caso o TJ-RJ, decidir sobre o pedido.

O judiciário goza de altos privilégios bem distantes da realidade da enorme maioria da classe trabalhadora, e mesmo dentro do funcionalismo público. Ainda assim, são esses juízes que muitas vezes atacam os trabalhadores criminalizando greves e dando aval para reformas e privatizações. Além disso, a conduta do juiz mostra a hipocrisia desses magistérios que são responsáveis por casos de assédio e machismo, em que via de regra atuam acobertando os acusados.

Veja mais:A violência patriarcal e o punitivismo




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