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TSE | Judiciário colabora com Bolsonaro censurando fala de Lula que o chama de "genocida"

No dia em que a justiça foi aclamada como paladina da democracia por banqueiros, empresários e boa parte da esquerda que sucumbe à conciliação de classes, ministro do TSE censura fala de Lula, em mais uma medida autoritária desse regime.

sexta-feira 12 de agosto de 2022 | Edição do dia

Acatando o pedido do partido de Bolsonaro, o PL, o ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral, mandou as redes sociais apagarem um vídeo em que Lula chama Bolsonaro de "genocida". Mais uma medida autoritária, entre tantas que o Judiciário veio tomando nos últimos anos, depois de ser protagonista junto à grande parte dos convocantes das manifestações de ontem, 11, pela "democracia", assim como também foi protagonista do golpe institucional de 2016.

O ministro considerou que a fala de Lula configuraria "o ilícito de propaganda eleitoral extemporânea negativa por ofensa à honra e à imagem de outro pré-candidato". Nada mais hipócrita vindo desse Judiciário que, desde 2016, joga com a lei à seu bel prazer, dependendo dos interesses do momento. O de agora é de aparecer como paladino da "democracia" com leitura de cartas, mas só se for a democracia da FIESP e banqueiros com suas reformas e ataques contra os trabalhadores.

O mesmo Judiciário que reabilitou Lula para gerir o regime do golpe, com toda sua degradação bonapartista, é parte de controlar cada passo da candidatura Lula-Alckmin, inclusive se isso significar censurar algum elemento que não o agrade. Se arbitram sobre Lula, que não se cansa de se mostrar disciplinado às vontades dos capitalistas e da direita, imaginemos o que pretende contra os trabalhadores e a juventude quando estes entenderem a centralidade de seu papel, se mobilizando de forma independente por nossas demandas.

O combate ao bolsonarismo passa necessariamente por derrotar cada medida autoritária do Judiciário e principalmente os ataques econômicos com os quais Bolsonaro, Guedes, STF, FIESP e companhia não só concordam, como aplicaram juntos e defenderão arduamente, e que Lula-Alckmin, assim como já declararam, como mínimo não vão se enfrentar.

Esse combate depende da organização independente dos trabalhadores e da juventude, exigindo das direções que ontem estavam abraçadas com a FIESP e os banqueiros, um verdadeiro plano de luta com greves e manifestações a partir das bases, pela revogação de todas as reformas.




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