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A jovem Hayssa Alves, 21, que estava com amigas em uma festa em Campo Grande, zona oeste da capital fluminense, foi assassinada por um PM e teve 36 perfurações no corpo.

segunda-feira 11 de dezembro de 2017 | Edição do dia

O ódio misógino fez trágica e violentamente mais uma vítima. Por volta da 1h da manhã, o policial militar Jorge Luis Aguiar da Silva, à paisana, invadiu a festa em que estava com as amigas e começou a discutir com a jovem. O policial havia sido rechaçado por ela e suas amigas, porém a discussão começou após Hayssa colocar funk para tocar no espaço, chamado pelo policial de “música de bandido”, segundo testemunhas.

A festa ocorria em uma casa localizada na Rua Camaipi, no bairro Campo Grande, zona oeste da capital fluminense. Logo após a discussão, o PM ameaçou estar armado, ao ponto que Hayssa o questionou: “Você vai me matar?”. Ainda segundo testemunhas, foi nesse momento que o PM atirou pelo menos 20 vezes (descarregou o pente) contra a mulher e fugiu, mas foi pego tentando livrar-se da arma do crime. Hayssa foi levada para o hospital Rocha Faria, mas não resistiu.

O laudo cadavérico da vítima constou 36 perfurações com armas de fogo, de modo que cerca de 14 perfurações atravessam o corpo da mulher. Nos braços também foram encontradas diversas perfurações, que indicam a tentativa de Hayssa de se defender dos disparos. Uma cena de feminicídio brutal levada a cabo pela mesma instituição que assassina jovens negros nas periferias todos os dias. Basta de todo tipo de violência contra a mulher, nem uma a menos!

Leia também: É urgente um Plano Nacional de Emergência contra a violência às mulheres




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