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HOMOFOBIA | Jovem de catorze anos morto à paulada é mais uma vítima de homofobia no país

quarta-feira 17 de junho de 2015 | 00:01

Foto: Wikipedia


Mais um jovem é morto por homofobia no país. Rafael Melo, 14 anos, estudante do 7° ano do ensino fundamental, na cidade de Cariacica, Grande Vitória (ES), endossa os dados de assassinatos por homofobia no país que mais mata homossexuais no mundo. O adolescente foi morto à pedradas e pauladas no último sábado (13).
O jovem vivia com a mãe e, segunda a mesma, ele era bastante discriminado na escola, aguentando calado as piadas. Segundo sua mãe, ele era bastante reservado, gostava de desenhar roupas e tinha o sonho de ser estilista.

Ele foi encontrado morto em uma estrada que dava acesso à casa de sua avó, para onde ia bem cedo tomar café. Segundo a perícia, havia lesões nas costas do jovem provocadas por um pedaço de madeira, e seu cérebro foi esmagado por um pedaço de concreto que também foi achado no local.

A Delegacia de Crimes contra a Vida de Cariacica investigará o crime, mas o mais comum é que, no país, esses assassinatos sejam encarados como “crime passional” e não sejam reconhecidos pela polícia e Justiça como crime de homofobia, pois tentam abafar a luta contra a homofobia no país.

No mesmo momento em que ocorre mais um crime contra mais um jovem homossexual no país, a bancada reacionária vota a retirada dos planos nacional e municipais de educação a necessidade do debate de identidade de gênero e orientação sexual nas escolas públicas, demonstrando que, se for depender de vereadores como Campos Filho (DEM), em Campinas, assim como vereadores do PSDB, DEM, PSD e do PT que votaram pela retirada na Câmara de Vereadores da cidade de São Paulo, Rafaéis seguirão morrendo. Para estes vereadores, as vidas dos homossexuais não valem nada.

Por isso, é fundamental impulsionar a luta contra a homo-lesbo-transfobia à partir dos locais de trabalho e estudo e contra os avanços da bancadas reacionárias em nível municipal, estadual e federal, que além de querer criminalizar a juventude com a redução da maioridade penal, também votam para que nas escolas a educação passe por fora das relações e identidade de gênero que podem contribuir para a luta contra a opressão das mulheres e LGBT.




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