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MANDATO CASSADO | Jairinho tem mandato cassado por unanimidade por quebra de decoro parlamentar

A Câmara de Vereadores do Rio cassou o mandato de Jairinho por quebra de decoro parlamentar. O agora ex-vereador é acusado de torturar e matar o enteado, Henry Borel, 4 anos. Jairinho também perdeu os direitos políticos por oito anos.

quarta-feira 30 de junho de 2021 | Edição do dia

Foto: Reprodução

Por 49 votos a zero — e uma ausência — a Câmara de Vereadores do Rio cassou o mandato de Jairinho (sem partido) por quebra de decoro parlamentar. Jairinho é acusado de torturar e matar o enteado, Henry Borel, de 4 anos, no apartamento onde vivia com a mãe da criança, Monique Medeiros — também presa pelo crime. O jornal O GLOBO mostrou que pesa contra ele ainda mais uma acusação: o Ministério Público apresentou nova denúncia contra o parlamentar, pedindo sua prisão pela tortura de um outro menino, de 2 anos, filho de uma ex-namorada.

Após absurdo caso de Henry, que foi encontrado morto no apartamento em que Jairinho e mãe do menino moravam em 8 de Março, o Esquerda Diário ouviu a opinião de Carolina Cacau, professora do Rio de Janeiro e militante do grupo de mulheres Pão e Rosas, que disse na época:

"O caso de Henry é um escândalo. Eles afirmam que houve um acidente, mas laudos descartam a hipótese. O documento indica que, semanas antes, Henry foi torturado por Jairinho com conhecimento da mãe. O perito do Instituto Médico Legal (IML) descreve que a criança sofreu “múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores”, “infiltração hemorrágica” na parte frontal, lateral e posterior da cabeça, apontou “grande quantidade de sangue no abdômen", “contusão no rim” e “trauma com contusão pulmonar”.

Jairinho era vereador no Rio, foi eleito pela primeira vez em 2004 e é filho de um ex-deputado estadual, o policial Coronel Jairo (PSC). Ele é cara de um setor cada vez maior na política carioca, Bolsonarista, hipócrita, defensor da família e do cidadão de bem, ligado a milícia e grupos de extermínios, que defendem as torturas e a morte. Foi nesse sadismo que matou Henry. Essa é a extrema direita brasileira!

Estamos vivendo o governo Bolsonaro, principal responsável pela barbárie sanitária e social em todo o país, que junto com os militares e capitalistas que o apoiam sustentam o regime do golpe institucional de 2016. É essa política que Jairinho representa. Ele está do lado desse regime que é responsável pela morte de Marielle, por todos os crimes policiais que tiraram a vida de jovens, mulheres negras, de Evaldo com 80 tiros. Me recuso a aceitar que esse é o futuro das crianças, dos jovens e negras e negros. Por isso luto contra Bolsonaro, Mourão, e todos os golpistas por justiça a Henry e todos os outros."




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