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CRISE MIGRATÓRIA | Itália resgata mais de mil pessoas no Mediterrâneo em um só dia

O dado foi informado pela Guarda Costeira, que também disse que as pessoas se locomoviam em lanchas e embarcações extremamente precárias. Até o momento morreram quase 2000 pessoas neste ano tentado cruzar o mar até a Europa.

sexta-feira 16 de junho de 2017 | Edição do dia

De semana a semana, é informado que centenas e até milhares de pessoas são resgatadas do Mar Mediterrâneo correndo risco de vida. Embarcados em lanchas extremamente precárias e perigosas, vítimas das máfias que transportam pessoas em troca de milhares de euros, imigrantes e refugiados se lançam à travessia até a Europa. Uma das saídas é a costa da Líbia, e de lá, o caminho que vai até a costa italiana, como porta de entrada para o velho continente. Em um ano, calcula-se que só nesta costa, os traficantes puderam ganhar até 4 bilhões de euros.

Nesta quinta. como em todas as semanas, a Guarda Costeira italiana informou sobre o resgate de cerca de 1.050 pessoas no Mediterrâneo, que navegavam à deriva com a intenção de alcançar a costa européia.

Os guardas explicaram em um comunicado que os resgatados iam à bordo de 7 botes infláveis e 2 embarcações precárias, e receberam a assistência em diversas operações coordenadas pela Central de Operações da Guarda Costeira de Roma, subordinada ao ministério de Infraestrutura e Transportes da Itália.

No resgates participaram várias embarcações de ONGs presentes na região. Uma delas, a Organização Internacional para as Migraçções (IOM) indicou que, até 11 de junho, um total de 73.189 imigrantes e refugiados chegou à Europa através do Mediterrâneo, e que 1.808 morreram nesta tentativa.

Destas, 61.903 pessoas chegaram à Itália, e que no mesmo período do ano anterior 52.775 pessoas haviam conseguido isto. Só até agora, durante este ano, chegaram à Itália 25% mais imigrantes que no ano passado. Há duas semanas foi o recorde de resgate: em 10 horas, foram resgatadas 2.300 pessoas que estavam vindo da Líbia.

Durante a celebração do G7 na cidade italiana de Taormina, impedia-se o desembarque de refugiados, que eram obrigados a permanecer nos estaleiros, o que impediu que estas embarcações pudessem sair e resgatar outras pessoas, já que os naufrágios das embarcações ocorrem todos os dias. Apesar de toda esta tragédia, a União Européia faz de conta que não está vendo.




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