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Polícia Assassina | Impunidade pelo massacre do Carandiru avança com votação de anistia a policiais na CCJ

Hoje o deputado Capitão Augusto (PL-SP) relator da proposta de anistiar os policiais do Carandiru, recebeu relatório favorável pelo deputado Sargento Fahur (PSD-PR) e aprovado pela comissão de segurança pública.

terça-feira 2 de agosto de 2022 | Edição do dia

Nesta manhã de terça-feira (02) o deputado Capitão Augusto (PL-SP) relator da proposta de anistiar os policiais do Carandiru, recebeu relatório favorável pelo deputado Sargento Fahur (PSD-PR) e aprovado pela comissão de segurança pública.

Ainda falta a CCJ (comissão de Constituição e Justiça da Câmara) dar o seu parecer e só depois vai à votação no plenário da câmara.

O argumento do Capitão Augusto é que os policiais sofrem represarias ideológicas até hoje fruto do papel de assassinatos que cumpriram no presidio, mas as famílias que perderam seus pais, tios, filhos, dos 111 mortos, número oficial super questionável, nem metade recebeu indenização, o estado se mostra omisso frente a situação dessas famílias, mas muito interessado em seguir perpetuando a impunidade.

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O massacre

No dia 02 de outubro completa 30 anos do massacre no Carandiru em SP. Em 1992 liderado pelo Governador Antônio Fleury e o secretário de Segurança Pedro Franco de Campos, aconteceu o maior massacre que levou a morte de 111 homens e 110 feridos e sua maioria negros. E agora no governo Bolsonaro, não à toa é declarada a anistia dos policiais

O Carandiru era um dos maiores presídios do país, a rebelião começou no pavilhão 9, com a desculpa que não poderiam deixar a rebelião se espalhar, a polícia entra no presidio com a ordem certa de extermínio dos que ali estavam, de lá para cá até hoje não existe culpados, nem responsabilizados pelas mortes.

Só existem desculpas e mais desculpas, para justificar o injustificável, que esse estado racista carrega no seu DNA o prazer de matar, torturar negros, os agentes da polícia usam falas soltas e distorcidas para declarar sua defesa, mas a verdade é que mesmo tentando maquiar a verdade, a perícia concluiu que 70% dos tiros foram dados em direção à cabeça e ao tórax, o que claramente mostra que a intenção era matar!

Bolsonaro é a cara do racismo e sangue derramado do povo pobre e trabalhador!

O deputado redator da proposta de impunidade é do mesmo partido de Jair Bolsonaro, na época do massacre Bolsonaro era deputado federal e declarou: "a PM devia ter matado 1000 e não 111".

Não à toa é no governo Bolsonaro que querem anistiar os policiais, que por trás tem seus mandantes com nome e sobrenome que seguem livres e na impunidade! Enquanto a polícia seguir sendo julgada entre seus pares em fórum especial, julgado pela secretaria de segurança, que garante apenas a segurança da propriedade privada, dos ricos, empresários e o governo legislando para a elite, nossa classe está fadada a punição.

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Justiça para os nossos mortos e punição aos mandantes!

Quase 30 anos depois somente a força dos trabalhadores junto ao movimento negro pode impor a batalha por justiça aos mortos do Carandiru, garantindo punição aos mandantes em espacial e a todos os envolvidos, com indenização devida as famílias.

A luta por justiça no país onde os ditadores seguem no poder é árdua, mas só pode ser tomada pelas mãos dos trabalhadores em conjunto com seus sindicatos, movimentos sociais e estudantis. Sem depositar nossas esperanças em Alckmin que nomeou em 2017 um dos responsáveis pelo massacre para dirigir a polícia de São Paulo. A luta por justiça aos mortos do Carandiru é uma luta por justiça à todos negros e negras que foram mortos pela mão da polícia, por isso é preciso levantar o fim dos tribunais militares que garantem impunidade aos assassinos, o fim dos batalhões operações especiais e das operações policiais! Justiça pelos mortos nas chacinas de Claudio Castro, como do Alemão, Jacarezinho e Vila Cruzeiro.




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