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HAMILTON MOURÃO | Imperialismo vibra: militar é presidente do Brasil por uma semana

Enquanto Jair Bolsonaro (PSL) está em Davos armando um plano de ataques para descarregar a crise nas costas dos trabalhadores junto aos imperialistas, no Brasil o general Hamilton Mourão (PRTB) assumirá o cargo de presidente por uma semana.

segunda-feira 21 de janeiro de 2019 | Edição do dia

Enquanto Jair Bolsonaro (PSL) está em Davos armando um plano de ataques para descarregar a crise nas costas dos trabalhadores junto aos imperialistas, no Brasil o general Hamilton Mourão (PRTB) assumirá o cargo de presidente por uma semana.

O militar que compactua com todo o plano de ajustes ultraneoliberal do reacionário Bolsonaro - que é entusiasta da reforma da previdência, que quer acabar com o 13º e que já afirmou absurdos como “famílias pobres são fábricas de desajustados” - afirmou em seu Twitter que será uma honra assumir o cargo durante esse tempo. O imperialismo vibra.

Desde o golpe institucional, o imperialismo atua no Brasil para controlar a política nacional e continuar submetendo o país a seus interesses. A eleição na qual Bolsonaro foi eleito foi a continuidade deste golpe e se mostrou o processo mais manipulado na história recente do Brasil, com o Judiciário atuando de forma completamente arbitrária em todo o processo eleitoral (com o ponto mais alto com a prisão de Lula), passando pano para o escândalo das Fake News e sequestrando o voto de milhares de brasileiros coma obrigatoriedade da biometria.

Agora, com o presidente eleito sob os ares de "democracia", disposto a atuar lado a lado do imperialismo para garantir o lucro das grandes empresas e dos patrões, a burguesia está planejando em Davos como aplicar duros ataques aos trabalhadores. Nesse contexto, é muito conveniente ter um militar na presidência de um país com enormes proporções e peso geopolítico como o Brasil.

Mourão foi instruído a não assinar decretos ou medidas, apenas tratar de assuntos ligados à continuidade do governo. Como afirmou nas redes sociais, ele “manterá a posição”, postura que recorrente tem tido os militares para "acalmar" a sociedade que teme os militares.

Diferente de um "vice decorativo", como já colocou, Mourão faz questão de aparecer para além da sombra criada por Bolsonaro e faz esforços para desvincular a sua figura ao destino bolsonarista, tendo diversas vezes inclusive desmentido ou corrigido diante da imprensa afirmações de Bolsonaro das quais não teve acordo. Desta figura, ainda mais no marco desta instabilidade política e de tanto jogo de interesses, não podemos confiar.

Por mais fissuras internas que possua o governo, este possui um plano que une a todos os setores: se aliar aos imperialistas para descarregar a crise sobre as costas dos trabalhadores e do povo pobre.




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