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ELEIÇÕES MUNICIPAIS | Imitando Trump, Bolsonaro volta a questionar eleição e defender voto impresso

Eleito presidente após um dos processos mais abertamente fraudulentos desde a redemocraticação, Bolsonaro voltou a sugerir que as eleições são questionáveis e defender voto impresso.

domingo 29 de novembro de 2020 | Edição do dia

Em entrevista hoje logo após sua votação nas eleições municipais, Bolsonaro , o capacho de Trump, mais uma vez questionou a validade das urnas eletrônicas e das eleições, sugerindo fraudes com invenção de incidentes e voltou a defender o voto impresso. Na entrevista, ele afirmou que, em 2018, sua vitória só se deu porque teve “muito, mas muito voto” e apontou, sem nenhum tipo de prova, supostos problemas que aconteceram com a tecla 7, impedindo o voto de pessoas no número 17, número da sigla PSL, até então seu partido.

Bolsonaro foi eleito em 2018 graças a um acordo entre diversos atores institucionais, com o Judiciário a frente, que provocaram arbitrária e inconstitucionalmente o impedimento da participação de Lula, que era o candidato apontado como o favorito nas pesquisas de intenção de voto. Foi eleito com o aval desse Judiciário que atuou fazendo vistas grossas para o enorme aparato montado para disparo de fake news, recheado de crimes eleitorais e protagonizado por máfias de todos os tipos que quiseram intervir no processo eleitoral para favorecer a extrema direita.

Ou seja, Bolsonaro faz a pose de “preocupado com a democracia”, quando sua própria eleição é fruto de um dos maiores processos de fraude, arbitrariedade e inconstitucionalidade nas eleições desde a redemocratização.

E se já não bastasse isso, ainda aponta que o voto impresso é a melhor opção, ao mesmo tempo em que questiona o resultado das eleições norte-americanas, que se deram justamente por voto impresso.

Evidentemente ao se tratar das eleições burguesas, seja no Brasil ou nos Estados Unidos, o processo eleitoral serve aos interesses não de uma suposta “democracia”, mas aos interesses da classe dominante e ela é regida por regras próprias, sem a participação dos trabalhadores e, portanto, não pode de nenhum ponto de vista ser defendida como inquestionável. Entretanto, a crítica vinda de quem justamente é fruto de um enorme processo fraudulento, trata-se da tentativa patética de deslegitimar tudo aquilo que possui um resultado divergente dos interesses da extrema direita.




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