Durante operações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia, três carros do Ibama foram queimados no último sábado (20), na cidade de Buritis (RO). Na sexta (19) foi o Instituto Chico Mendes que sofreu um ataque no município de Trairão (PA). Os órgãos são alvos recorrentes de críticas por parte de Bolsonaro.
segunda-feira 22 de outubro de 2018 | Edição do dia
Bolsonaro já prometeu acabar com todos os ativismos do país e tratou como "indústria de multas" os serviços de combate ao desmatamento e de proteção às áreas de conservação ambiental. Ele mesmo jamais pagou uma multa R$ 10 mil que recebeu por pescar em local de preservação ambiental em Angra dos Reis (RJ).
Segundo a Folha, na última sexta-feira uma equipe do ICMBio estava na Floresta Nacional Itaituba 2 para verificar desmatamento e roubo de madeira. Uma ponte na única estrada de acesso ao local foi queimada. Um grupo de pessoas se concentrou a alguns metros dali e foi dispersado pela política. A equipe que trabalhava no local relatou ter ouvido tiros.
No sábado, na cidade de Buritis (RO), dez viaturas do Ibama estavam estacionadas em frente a um hotel. Três delas foram incendiadas e um grupo de pessoas chegou a tentar incendiar outras, mas foi contido. Dois suspeitos pelo ataque foram presos.
Bolsonaro é o candidato do agronegócio, o mesmo responsável pelo desmatamento e exploração ilegal das regiões onde atuam o Ibama e outros órgãos de proteção e preservação ambiental. Sua possível chegada ao governo deve significar também ainda mais destruição da Amazônia, liberando a exploração total dos já muito destruídos recursos naturais disponíveis no país.
Temas