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SUS | Hospital Estadual Mário Covas passará a realizar cirurgias de redesignação sexual pelo SUS

O Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, passará a realizar cirurgias de redesignação sexual pelo SUS. A preparação dos pacientes para cirurgias e o encaminhamento ficará sob responsabilidade do Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids (CRT DST/Aids), na Zona Sul da capital paulista.

Odete AssisMestranda em Literatura Brasileira na UFMG

terça-feira 21 de abril de 2015 | 01:36

Para a realização do procedimento é necessário uma equipe médica especializada composta por endocrinologistas, ginecologistas, urologistas, obstetras, cirurgiões plásticos, psicólogos, psiquiatras, enfermeiros e assistentes sociais.

No Brasil por meio da Portaria número 457, de agosto de 2008, o Ministério da Saúde passou a realizar as cirurgias de redesignação sexual pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Atualmente cinco hospitais estão habilitados a realizar o procedimento pelo SUS, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, Goiana (GO), Hospital de Clínicas de Porto Alegre, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre (RS), Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (RJ), a Fundação Faculdade de Medicina, da Universidade de São Paulo, São Paulo (SP), o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, Recife (PE). Um número ainda muito pequeno diante da demanda.

Até 1997 essas cirurgias eram proibidas no Brasil, as pessoas trans que desejavam realizar o procedimento procuravam clínicas clandestinas ou médicos no exterior.
Em novembro de 2013, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria número 2803 ampliou a realização do procedimento para os homens transexuais.

Até 2014, 6724 procedimentos ambulatoriais foram realizados e 243 procedimentos cirúrgicos. Um número ainda muito pequeno e insuficiente diante dos inúmeros casos de pessoas que desejam construir livremente sua identidade de gênero.

Para a realização do processo é necessário um acompanhamento médico de pelo menos dois anos. Atualmente no CRT DST/Aids passam cerca de 2000 pessoas, sendo que 300 já estão preparadas para a cirurgia. A primeira cirurgia no Hospital Mário Covas será realizada no dia 6 de maio.

Para as mulheres transexuais a cirurgia consiste na reconstrução das genitais, podendo ocorrer outros procedimentos. Já para os homens transexuais ocorrem cirurgias de remoção dos seios, reconstrução das genitais e lipoaspiração. A idade minima para a realização do procedimento ambulatorial é de 18 anos, e para o procedimento cirúrgico, 21 anos.




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