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HIPOCRISIA "ESCOLA COM PARTIDO" | Hipócrita: deputada do PSL quer "Escola Sem Partido" e dá aula com camiseta de Bolsonaro

Ana Carolina Campagnolo, professora de História e deputada do PSL, que pediu para que os alunos gravassem os professores que estivessem "doutrinando" os alunos, foi denunciada por seu próprio aluno nas redes sociais. Fã do "Escola Sem Partido", diversas fotos da deputada dando aula com camiseta do Bolsonaro caíram nas redes revelando brutal hipocrisia.

quarta-feira 31 de outubro de 2018 | Edição do dia

Esta semana, Ana Carolina Campagnolo, deputada do PSL, utilizou suas redes sociais para abrir um canal de denúncia dos alunos sobre os professores que supostamente estivessem fazendo o que a direita reacionária chama de"doutrinação". Jair Bolsonaro, ao ser questionado por um aluno sobre como proceder caso se sentisse "ameaçado" por uma professores, orientou os alunos a fazer o mesmo que a deputada pediu: gravem seus professores e completou "tenho uma surpresinha".

Hoje (31) a Câmara dos Deputados tenta aprovar um parecer sobre a PL 7180/2014, que é chamada pela direita de "Escola sem Partido" de maneira totalmente hipócrita, como mostrou a própria deputada que acusa professores de doutrinar alunos. Ontem (30), foi divulgada uma foto de Ana Carolina, que é professora de História, utilizando uma camisa de Bolsonaro dentro da sala de aula. De acordo com estudantes, a deputada deu diversas aulas utilizando uma camisa fazendo uma clara campanha aos seus alunos para o reacionário Jair Bolsonaro. A deputada, que auto-declarada anti-feminista, evangélica e anti-petista, nada tem de "sem ideologia" e "sem partido", por mais que tente propagandear.

A hipocrisia estampada dessas figuras da extrema-direita revela que tal projeto é uma maneira de colocar em professores uma verdadeira mordaça, uma forma de perseguição política aos professores e sua liberdade de fomentar as mais diversas discussões no ambiente escolar.

Veja também: Escola Sem Partido deixa a máscara cair defendendo professor bolsonarista contra a esquerda

Se aprovado hoje, o texto seguirá direto para a aprovação do Senado, um parlamento de caráter machista, racistas e LGBTfóbico, que ataca o direito ao pensamento livre e crítico, à um ambiente escolar capaz de debater os mais diversos assuntos como gênero e sexualidade. Os idealizadores de um projeto grotesco buscam, no final, embora escondam-se atrás de uma ideia de "sem partido", querem infestar as escolas com o que há de mais atrasado e conservador, deixando claramente que não há nada de "zero partido" e sim, como mostrou a deputada do PSL, uma ideologia que é machista, LGBTfóbico e racista.

O projeto reacionário de governo que Bolsonaro se propõe a construir deve ser barrado com a luta dos trabalhadores. Totalmente neoliberal e de ataques aos militantes de esquerda, mulheres, negros e LGBTs, o governo de Bolsonaro nem começou e já mostra suas asinhas, tentando aprovar a reforma da Previdência ao lado de Temer e projetos como o "Escola sem Partido". Os professores, que já deram exemplos de luta por todo país como os professores que lutaram contra Beto Richa no Paraná em 2015 e os professores municipais organizados contra a reforma da Previdência de Doria em São Paulo, mostraram a força real dos professores organizados. Por isso, que os professores superem as burocracias sindicais que travam suas lutas, retomando os sindicatos e construindo em cada escola comitês de base capaz de organizar a luta e combater Bolsonaro, a extrema-direita, seus ataques e reformas.




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