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METRÔ | Higilimp rompe acordo estabelecido após greve e não paga os benefícios dos trabalhadores

domingo 31 de janeiro de 2016 | 21:59

Na última sexta-feira (29/01) a empresa Higilimp, terceirizada da limpeza do Metrô de São Paulo, rompeu o acordo de final de greve feito na sessão de negociação da SRTE (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego), no dia 13/01, que determinava que a Higilimp deveria pagar os benefícios atrasados até, no máximo, dia 29. No entanto, a Empresa apenas realizou o pagamento completo para alguns funcionários, enquanto outros ainda estão sem receber seus benefícios.

Este acordo foi firmado após uma grande mobilização dos trabalhadores da limpeza que decidiram paralisar suas atividades por conta do atraso nos salários. Pela força da luta conquistaram o pagamento imediato dos salários atrasados e dos dias de paralisação, a garantia de não haver retaliação aos que fizeram greve e o pagamento dos benefícios (VR, VT e cesta básica) atrasados com prazo máximo até o final de janeiro. Este último item do acordo não foi cumprido.

Diante disso, o SIEMACO - sindicato que representa legalmente os trabalhadores terceirizados- chamou os trabalhadores para entrarem em greve e está convocando para uma reunião na segunda-feira (01/02) na Estação da Luz, pela manhã. No entanto, além de decidirem a greve sem consultar os próprios trabalhadores sobre as ações, gerando insegurança e confusão entre eles, estão orientando a que aqueles que receberam os benefícios voltem a trabalhar e os que não receberam fiquem em casa.

A força da paralisação está justamente da união de todos, com essa orientação o SIEMACO mais uma vez está agindo de forma a jogar contra a luta dos trabalhadores, porque separa aqueles que receberam dos que não estão com seus benefícios em dia. Ao mesmo tempo que facilita seus acordos com a Higilimp, pelas costas dos trabalhadores. É necessário exigir que todos os benefícios sejam pagos pela Empresa, e se ela não atender as exigências, buscar medidas de paralisar, todos juntos as atividades para pressioná-la.

Essa não foi a primeira vez que o SIEMACO tem esse tipo de postura. Durante a mobilização vitoriosa que conseguiu o acordo, o início da paralisação teve que ocorrer sem a ajuda do sindicato, que os deixou sozinhos. Além disso, quando o SIEMACO se incorporou, tentaram fechar um acordo de pagamento parcelado dos salários com a Higilimp, sem o aval dos trabalhadores, e depois queriam que a reunião de negociação fosse composta apenas pelo representantes legais da empresa e dos funcionários. Foi a força e convicção desses trabalhadores que permitiu dobrar a postura deles e conquistar a presença de uma trabalhadora em luta na reunião e o pagamento imediato dos salários atrasados.

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo que estiveram presente na mobilização anterior tem que seguir com o apoio, discutindo essa questão também e buscando apoio entre os metroviários. Além disso, diante da postura da SIEMACO, é fundamental que o apoio se concretize em ajudar a organização desses trabalhadores terceirizados, convocando uma assembleia para que eles mesmos decidam o que fazer agora, diante da postura da Higilimp.




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