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GOVERNO BOLSONARO | Guedes propõe dar sobras de comida da classe média e de restaurantes para moradores de rua

O ministro da economia, Paulo Guedes, propôs dar sobras de restaurantes e do prato da classe média para alimentar "pessoas fragilizadas, mendigos e desamparados". Propostas obscenas como essa escancaram a completa ausência de política, por parte de Bolsonaro, para combater a fome e a miséria.

sexta-feira 18 de junho de 2021 | Edição do dia

A declaração escabrosa ocorreu em evento nessa quinta-feira, 17, durante o Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, promovido pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados). No mesmo dia, outra ministra do governo Bolsonaro, Teresa Cristina, propôs flexibilizar a data de validade dos alimentos dos supermercados. Ao invés de levar a frente políticas que combatam a miséria e a fome, o governo pensa planos de como transformar restos de comida em alimento para moradores de rua. Será que vem propostas de ração, como as do Dória, por aí?

Confira trechos da fala de Guedes:

"O prato de um [membro de] classe média europeu, que já enfrentou duas guerras mundiais, são pratos relativamente pequenos. E os nossos aqui, nós fazemos almoços onde às vezes há uma sobra enorme. Isso vai até o final, que é a refeição da classe média alta, até lá há excessos", disse. A lógica do Chicago Boy é algo surpreendente. Em sua cabeça, homens que participam de guerras deveriam transmitir uma grande vontade de comer para seus filhos e netos pelo simples fato de terem participado de guerras. Não há sentido algum nisso, como nada nesse governo. Mas o energúmeno continua:

"Como utilizar esses excessos que estão em restaurantes e esse encadeamento com as políticas sociais, isso tem que ser feito. Toda aquela alimentação que não for utilizada durante aquele dia no restaurante, aquilo dá para alimentar pessoas fragilizadas, mendigos, desamparados. É muito melhor do que deixar estragar essa comida toda", afirmou.

O governo Bolsonaro está impondo cada vez mais miséria à população que vem sendo afetada pela crise. Milhões estão com insegurança alimentar e adentrando o mapa da fome novamente e falas como essas mostram que a tendência é esse quadro se agravar.




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