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Ministro da Economia | Guedes confessa que Auxílio Brasil é temporário e escancara demagogia eleitoral

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, confessou nessa quinta-feira (11) que o Auxílio Brasil é temporário: “Nós fomos empurrados para um programa transitório”.


sexta-feira 12 de novembro de 2021 | Edição do dia

Após 18 anos de vida, o Bolsa Família chegou ao seu fim. Ele terminou no momento em que o Brasil volta de vez ao mapa da fome, com a miséria crescendo, inflação cavalar e desemprego altíssimo.

Com as taxas de aprovação do governo despencando, Bolsonaro decidiu criar o Auxílio Brasil, programa que também transfere renda aos mais pobres, mas com valores um pouco maiores. A grande diferença é que não se trata de um programa permanente, e sim temporário, visando exclusivamente as eleições de 2022.

Como atesta o próprio ministro da economia, em evento nessa quinta-feira do Itaú Macro Vision 2021: “Embaixo da lei de responsabilidade fiscal, dentro do teto e com a fonte que seria o IR. Bloquearam o IR, ele foi aprovado na Câmara [dos Deputados], não avançou ainda no Senado. Sem a fonte, isso não permite a criação de um programa permanente, então nós fomos empurrados para um programa transitório”.

O programa está previso apenas até 2022, após as eleições, em demonstração escancarada que a ideia não tem nada a ver com o combate à fome, e sim com disputar as eleições (em especial os votos do nordeste).

Cabe lembrar que o Brasil é um dos maiores exportadores de proteína animal do mundo, com potencial produtivo de definitivamente acabar com a fome no país e ainda ajudar países e povos vizinhos. Mas para isso é preciso se enfrentar com o agro e a indústria alimentícia, que colocam seus lucros bilionários acima de qualquer coisa. Mas nem Bolsonaro nem nenhum outro dos principais candidatos hoje se propõe a se enfrentar com o agronegócio.

A ideia de Guedes era fazer modificações no Imposto de Renda a fim de angariar fundos para bancar o Auxílio, mas sua proposta não passou. Então o governo decidiu furar o teto para aprovar a medida, junto de emendas bilionárias para comprar os parlamentares e aprovarem a PEC dos precatórios. Toda essa lambança, no final das contas, preserva o nefasto teto de gastos, que estrangula o orçamento público de saúde e educação e garante o pagamento em dia da dívida pública aos bancos.

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