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GREVE PETROLEIROS | Greve de petroleiros se fortalece com paralisação histórica do centro nacional de controle operacional

Hoje a greve começou com o chamado o corte de rendição (não entrada de trabalhadores do novo turno) no centro nacional de controle operacional (CNCO).

segunda-feira 2 de novembro de 2015 | 18:39

Ações importantes fortaleceram nesta segunda-feira o movimento de greve nacional de petroleiros que vem ocorrendo contra perdas de direitos, arrocho salarial e a privatização da empresa - chamada de desinvestimento, num movimento que pode conceder ao capital privado cerca de um terço dos ativos da empresa.

Hoje a greve começou com o chamado o corte de rendição (não entrada de trabalhadores do novo turno) no centro nacional de controle operacional (CNCO). Essa unidade extremamente estratégica que opera praticamente todos os oleodutos e gasodutos do país aderiu ao movimento, num fato histórico das lutas dos petroleiros, já que essa unidade nunca havia realizado algum tipo de paralisação em nenhuma greve da categoria.

Esse passo dado pelos petroleiros do CNCO ocorre ao mesmo tempo que 39 plataformas com uma produção totalmente paralisada ou algum nível de adesão ao movimento. Segundo os dados de sindicato do norte fluminense, 14 plataformas estão totalmente paralisadas,outras oito tem uma redução de 20 a 97% da produção e outros 17 plataformas tem algum nível de mobilização.

Essa adesão de grande parte das plataformas da bacia de campos ao movimento grevista já pode ser sentida em alguns dos mais importantes oleodutos do país. Segundo informações de petroleiros de algumas unidades concedidas ao Esquerda Diário, o importante oleoduto OCAB, que escoa produção da bacia de Campos ao terminal de Cabiunas TECAB, em Macaé (RJ) está apresentando uma vazão de 100 m³ nesse momento, quando sua vazão normal seria de 800³, uma redução de cerca de 1/8 da capacidade, demonstrando a força da greve.

Esse novo esses passos da mobilização se combinaram com parada da produção na estratégica unidade de Caraguatatuba no Litoral Paulista está travando o escoamento do gás natural de campos do pós-sal e no campo gigante de Lula no Pré-sal. Possivelmente o pré-sal deverá ter sua produção interrompida se o escoamento desta unidade seguir interrompido.

Amanhã estão esperadas novas ações contundentes do movimento para fortalecer a paralisação nacional. O Esquerda Diário continuará fazendo a cobertura da greve petroleira com informações enviadas diretamente dos trabalhadores grevistas.

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Leia também: Greve dos petroleiros pode vencer se supera o freio da CUT defensora de Dilma




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