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GREVE GERAL NA ÍNDIA | Greve Nacional de dois dias na Índia: 200 milhões lutam por direitos trabalhistas

Cerca de 200 milhões de trabalhadores indianos estão mobilizados em uma greve de dois dias, chamada por várias centrais sindicais e movimentos de esquerda para começar nesta terça-feira, dia 8. Entre as demandas estão o aumento do salário mínimo e pensão, melhores condições sociais e mais vagas de emprego para a juventude.

terça-feira 8 de janeiro de 2019 | Edição do dia

Os protestos bloquearam uma série de avenidas e rodovias ao longo do país além de afetar diversos setores como o bancário, de comunicação, transporte, entre outros. Os grevistas denunciam que o governo não se preocupa com os interesses dos trabalhadores.

A Índia é palco de uma série de protestos há cerca de uma semana desde que duas entraram no templo de Sabarimala, que sempre proibiu a entrada de mulheres entre 10 e 50 anos. Em setembro do ano passado, no entanto, a Suprema Corte da Índia havia proibido que mulheres fossem barradas em templos religiosos, mas desde então protestantes conservadores fizeram um bloqueio na porta do templo.

A entrada das duas mulheres no templo repercutiu com uma série de protestos contra e a favor da ação, além de colocar o debate sobre o machismo na ordem do dia em um país que conserva uma série de práticas religiosas que vão de encontro com os direitos das mulheres.

O foco da greve no entanto não é este, a crise econômica e o desemprego que assola o país são os principais motivos desta mobilização. Apesar disso, a greve não pode ser enxergada de forma separada do debate de opressões, é necessário ligar a impressionante disposição das mulheres, que criaram uma parede humana de 300 milhas em um dos protestos - distância maior que entre as capitais de São Paulo e Rio de Janeiro - com a disposição dos trabalhadores que hoje se levantam por melhores salários e por empregos para a juventude.

Não só na Índia, mas ao redor do mundo as mulheres demonstram disposição de luta, isso porque são as que mais sofrem com os efeitos da crise capitalista que recai primeiro nos setores oprimidos. É preciso ligar a luta por demandas econômicas com a luta contra as opressões, colocando a força impressionante das mulheres a serviço da classe trabalhadora e construindo movimentos que podem sim ser vitoriosos e impor limites nos absurdos ataques da burguesia que tenta em escala nacional descontar os custos da crise sobre as costas das trabalhadoras e dos trabalhadores.




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