Flavia ValleProfessora, Minas Gerais
terça-feira 28 de novembro de 2017 | Edição do dia
Depois de três pronunciamentos diferentes num único mês, o governo petista em Minas Gerais afirmou que não tem recursos para pagar o 13° salário. A notícia foi dada hoje a tarde pelo secretário Estado de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, que disse que o governo tem que admitir que não tem recursos disponíveis para pagar o que deve aos trabalhadores.
O governo também declarou que vai negociar os recursos por via do Senado e que haverá um encontro de Fenando Pimentel com o golpista Michel Temer, junto aos presidentes do Senado e da Câmara de Deputados. Minas Gerais é hoje o segundo estado com maior dívida com a União em proporção à receita, ficando atrás apenas do Rio Grande do Sul, e logo a frente do Rio de Janeiro.
Num momento de calamidade financeira no estado, o governo petista descarregar a crise sobre os trabalhadores significa deixar milhares de famílias no prejuízo e com problemas financeiros sérios em meio às festas de final de ano, depois de um ano de trabalho duro. E a via de negociar com o governo golpista de Temer aponta para mais ataques neoliberais por via de contrapartidas como as privatizações, como vimos acontecer com a CEDAE no Rio de Janeiro e as usinas da CEMIG em Minas Gerais.
Por isso os trabalhadores da educação em Minas Gerais estão preparando para dia 05 e dia 06 duas paralisações: uma contra o governo golpista de Temer e sua reforma da previdência e outra contra o ataques do governo do PT em Minas Gerais.
Basta da mentira petista de dizer que Pimentel administra a calamidade financeira no estado sem afetar os serviços públicos. Pelo não pagamento da dívida pública do estado para que sejam os grandes bancos a pagarem pela crise e não os trabalhadores e a população.
