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PRECARIZAÇÃO NA SAÚDE | Governo federal reteve mais de R$ 31 bi em gastos na saúde nos últimos 15 anos

Despesas do orçamento federal destinados à saúde foram cancelados ou executados e não pagos pelo governo e somam mais de R$31 bilhões nos últimos 15 anos.
O valor negligenciado pelo governo seria suficiente para pagar, por um ano, 10 416 das mais complexas Unidades de Pronto-atendimento (UPAs), com nove médicos, 161 milhões de sessões de hemodiálise e 70,5 milhões de partos normais, além de comprar 379 mil ambulâncias. A quantia represada equivale a um quarto de todo o Orçamento do Ministério da Saúde em 2018.

terça-feira 20 de fevereiro de 2018 | Edição do dia

Parte desses recursos levam até 10 anos para serem pagos. Em 2017, o governo ainda estava pagando R$ 9 milhões de despesas de 2007 e R$ 20 milhões de despesas de 2008. A evolução dos gastos com saúde mostra que os cancelamentos foram mais altos no ajuste fiscal do primeiro ano de governo Lula, em 2003, e depois voltaram a crescer em de 2009, quando as práticas de contabilidade criativa passaram a se disseminar, principalmente em 2011, depois da posse da ex-presidente Dilma Rousseff.

Essa prática conflui com a aprovação do teto de gastos que o governo Temer aprovou após o golpe com a PEC 55. Aprofundando ainda mais a situação precária dos hospitais públicos já sem investimento desde o governo do PT. Com o argumento de crise econômica e necessidade de cortar gastos, o governo deixa população sofre com hospitais sem médicos, estrutura e materiais, enquanto diversos empresários recebem isenção de dívidas enormes dos governos. E isso tanto agora quanto no governo do PT, em que "os bancos nunca lucraram tanto!".

A PEC 55 começa a valer agora em 2018, isso significa que ainda menos investimentos irão para a saúde no país.

É preciso acabar com a isenção para os ricos empresários. Também é preciso acabar imediatamente com o pagamento da dívida pública e taxar as grandes fortunas para que este dinheiro seja destinado aos serviços públicos, garantido saúde, educação e qualidade de vida para a população mais pobre. E não o contrário como o governo faz, reservando a miséria para os trabalhadores e despejando a crise em nossas costas.




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