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CORONAVÍRUS | Governo do Amazonas volta a restringir atividades mas sem garantir testagem massiva

Após 4 meses reabrindo bares, eventos e até escolas, Amazonas registra aumento de 55,9% no número de casos de COVID-19. Nessa quinta-feira o governo anunciou novas medidas de restrição, porém ainda de forma irracional, sem garantir testes massivos para identificar e isolar infectados.

sexta-feira 25 de setembro de 2020 | Edição do dia

Foto: retirada de d24am.com

Especialistas em infectologia e epidemiologia são taxativos ao se referirem a testagem em massa para que se possa isolar racionalmente quem está infectado e quem teve contato com quem testou positivo para o novo coronavírus. Mas em todo o país, desde o início da pandemia os governos ignoram isso. Não por falta de informação, mas como uma política consciente de deixar morrer protegendo os interesses dos grandes capitalistas. Investir em saúde, em ciência, testar e isolar em centros de quarentena adequados custaria mais do que deixar morrer e envolveria mexer em parte intocável do orçamento como a fraudulenta dívida pública dos estados e da união, essa é a lógica do capitalismo, que tem usado a pandemia como uma guerra, para destruir forças produtivas, descarregando a crise nas costas dos trabalhadores.

O sistema de saúde de Manaus entrou em colapso em maio quando se registrou um número de mortes 108% acima da média histórica. No dia 1º de junho, no entanto, registrando queda no número de mortes, o governo começou a permitir a reabertura de atividades econômicas. Em julho permitiu o retorno de escola particulares e em agosto o retorno de escolas estaduais na capital. Uma reabertura totalmente irracional e nada científica, sem testagem massiva levou ao crescimento exponencial do número de casos novamente.

Nesse momento governos de outros estados planejam o retorno das aulas sob pressão dos empresários, como em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul ignorando totalmente as experiências do estado do Amazonas, a voz das comunidades e de especialistas.

A burguesia não busca responder à altura essa crise sanitária e econômica e não protege as milhões de vidas em jogo, justamente pelos seus interesses antagônicos aos interesses da classe trabalhadora. Somente os trabalhadores, unidos e auto organizados em cada local de trabalho e estudo podem dar uma resposta defendendo um combate efetivo da pandemia, como os testes massivos, os EPIs, bem como a estatização de todo o serviço de saúde pública sob o controle dos trabalhadores e tudo o que for preciso nesse momento, para que sejam os capitalistas que paguem com seus lucros e bens pela crise que criaram.




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