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REFORMA DA PREVIDÊNCIA | Governo Temer quer permitir aposentadoria só a partir dos 70 anos

O governo golpista de Michel Temer quer que a idade mínima para que a futura geração se aposente seja 70 anos de idade.

Maíra MachadoProfessora da rede estadual em Santo André, diretora da APEOESP pela oposição e militante do MRT

segunda-feira 27 de junho de 2016 | Edição do dia

A ideia, segundo uma fonte do governo golpista que está participando das discussões, é estabelecer no projeto que será enviado ao Congresso duas faixas: a primeira, 65 anos; a segunda, de 70 anos, para ser aplicada daqui a 20 anos.

Existe consenso de que a reforma da previdência em estudo deverá estabelecer 65 anos como idade mínima a partir da aprovação do texto, mas como regra de transição que não penalize tanto quem já está trabalhando e também que está para aposentar. O objetivo do governo é elevar a idade mínima para as pessoas se aposentarem. Hoje, é de 54 anos.

Mesmo que o governo golpista envie o projeto este ano, só será aprovado no congresso no ano que vem. Amanha haverá uma reunião entre o governo golpista e as centrais sindicais que apoiaram o golpe, da qual poderá sair a primeira versão da reforma da Previdência. O Planalto ainda tem duvida sobre a apresentação de um documento pronto, pois busca um acordo com os sindicatos. De acordo com uma fonte do governo "As centrais resistem em praticamente todos os pontos, mas estão começando a assumir a responsabilidade. A previdência não é um problema do governo, que passa, mas de quem vai se aposentar. Se o governo não fizer nada rápido, o Brasil vai acabar daqui a uns anos como países europeus que quebraram".

Fica claro que o governo golpista de Michel Temer está querendo mostrar serviço para o imperialismo que esteve por trás do golpe institucional e que anseiam atacar os trabalhadores e os setores populares para aumentar o lucro e consequentemente a pobreza. Fica claro também que a manobra reacionária do impeachment foi um meio que os grandes empresários e banqueiros encontram pra passar ataques maiores e mais rápido que o governo do PT já estava aplicando anteriormente.

A reforma da previdência colocado em pratica pelo governo golpista acontece num momento de acirramento da crise política e econômica no país, onde nas primeiras semanas o governo Temer já tem denuncias graves de corrupção envolvendo membros do golpe como o Sergio Machado do PMDB, mas até Michel Temer. Enquanto os ricos acumulam sobre as nossas costas, os políticos ganham com os esquemas de corrupção e com seus altos salários, nós trabalhadores e setores populares da sociedade pagamos por esta crise econômica que o país está passando.

Os patrões que nos exploram a vida toda vão explorar cada vez mais com a reforma da previdência. Estes não querem que nós trabalhadores tenhamos um mínimo de dignidade nem no fim de nossas vidas. Falam que é necessário "mexer na previdência", mas não se discute que os patrões lucraram milhões e que são eles que devem pagar pela atual crise econômica.

A única saída que os trabalhadores e demais setores populares da sociedade podem dar contra a reforma da previdência que o governo golpista quer impor é se organizando independente dos governos e dos patrões. É preciso unificar e apontar todas as lutas que estão em curso numa grande batalha por uma assembleia constituinte livre e soberana imposta pela luta dos trabalhadores e demais setores populares da sociedade.

Não podemos confiar na saída do judiciário para atual crise política, pois estes querem tirar o Temer para colocar um ajustador legitimado pela as urnas, mas também não podemos reivindicar o volta Dilma proposto pela UNE, MST, MTST, CUT e UNE, pois o ex-governo do PT fez pacto com a direita e também atacou os trabalhadores. Por isso minha pré-candidatura para vereadora de Santo André, assim como os demais pré-candidatos do MRT, está à serviço de colaborar com as lutas que virão e denunciar este podre sistema dos ricos.




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