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CORONAVÍRUS E RACISMO | Governo Bolsonaro exclui população carcerária das prioridades da vacinação contra Covid-19

Mesmo submetida à superlotação e a péssimas condições sanitárias, que aumentam a proliferação da Covid-19, a população carcerária foi excluída das prioridades de vacinação pelo governo Bolsonaro em nova divulgação realizada pelo Ministério da Saúde nesta quarta, 09.

quarta-feira 9 de dezembro de 2020 | Edição do dia

Foto: Defensoria / Divulgação

Segundo dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), pouco mais de 20% da população carcerária foi testada para Covid-19 com cerca de 169 mil testes, dentre estes, o resultado foi positivo para 39.478 presos (11 mil infectados só no estado de São Paulo, que possui a maior população carcerária do país com mais de 234 mil presos), com 123 mortos confirmados.

A exclusão da população carcerária da lista de prioridades para a vacinação contra a Covid-19, divulgada nesta quarta, 09, foi realizada sob a justificativa, nas palavras de Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde, de que o plano ainda não estaria na versão final, “porque vai depender do quantitativo de doses que efetivamente teremos para um determinado tempo”.

Governo Bolsonaro quer condenar a população carcerária também com a Covid-19

A justificativa do secretário, no entanto, não desvia o foco do fato de que o governo Bolsonaro, com seu negacionismo e escárnio com a saúde do conjunto da população, quer aproveitar a corrida da vacina para criar mais uma sentença de condenação, agora pela Covid-19, à população carcerária, de maioria negra, no país.

Veja também: Sistema prisional, racismo e Covid-19: governos preparam contaminação em massa dos negros nos presídios

Na vacinação, nem Bolsonaro nem Dória tem qualquer preocupação com a vida dos trabalhadores

As idas e vindas do Ministério da Saúde quanto ao plano de vacinação e sua coleção de declarações escorregadias e evasivas, como por exemplo a cínica declaração do ministro Pazuello, sobre comprar a vacina apenas “se tiver demanda”, apenas expressa mais uma vez o desprezo pela saúde do conjunto da população do país por parte do governo Bolsonaro, que agora só está tentando se mover para tirar da cartola um plano de vacinação, movido exclusivamente pela competição capitalista com o governo tucano de João Doria, que também demagogicamente tenta se promover na corrida da vacina mirando em 2022.




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