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SUBNOTIFICAÇÃO | Governo Bolsonaro entregou apenas 11% dos 46 milhões de testes prometidos aos hospitais

Ontem, 5, foi divulgado que o Brasil alcançava o recorde de 600 mortes pela COVID-19 em um pouco mais de 24 horas. É uma catástrofe perder centenas de vidas em um único dia porque nosso governo não garante o mínimo: testes massivos para toda a população. Com essa medida, muitas das quase 8 mil mortes por coronavírus poderiam ser evitadas.

quarta-feira 6 de maio de 2020 | Edição do dia

O Ministro da Saúde havia anunciado 46 milhões de testes de coronavírus. Porém, apenas 5,1 milhões foram entregues, o equivalem a 11% do total. O número total de testes anunciados já é bastante baixo se compararmos com a população brasileira de cerca de 210 milhões de pessoas.

Não é à toa o alto índice de subnotificação. São quase dois meses de pandemia e isolamento social, e o governo não disponibiliza testes massivos. O secretário de vigilância em saúde, Wanderson Oliveira, afirmou que "a produção e a entrega não são dos 46 milhões de testes ao mesmo tempo". A previsão é que a Fiocruz entregue 3,6 milhões de testes até maio, mas isso não está nem perto do que seria necessário para garantir a testagem daqueles que precisam. Esta demora em disponibilizar os testes custa milhares de vidas.

Ontem, 5, foi divulgado que o Brasil alcançava o recorde de 600 mortes pela COVID-19 em um pouco mais de 24 horas. É uma catástrofe perder centenas de vidas em um único dia porque nosso governo não garante o mínimo: testes massivos para toda a população. Com essa medida, muitas das quase 8 mil mortes por coronavírus poderiam ser evitadas.

Outro problema bem grave é que faltam informações sobre os testes feitos nos hospitais privados. O Ministro da Saúde afirmou que mais de 100 mil exames realizados não entraram no sistema e não sabe afirmar quantos deram positivo. Isso é um enorme absurdo. Os hospitais privados deveriam ser estatizados e centralizados no SUS para garantir o combate ao coronavírus, além de serem geridos pelos seus próprios trabalhadores e não ordenados por Teich, ministro lacaio de Bolsonaro e dos militares. Mas, ao contrário, continuam fazendo os grandes empresários lucrarem com a vida da população, ao mesmo tempo que sucateiam o SUS.

A subnotificação se mantém como um problema para a população pobre e trabalhadora e uma conivência para a política assassina de Bolsonaro, que prefere esconder as proporções do impacto da epidemia. Contudo, a mesma coisa está sendo feita em SP por Covas e Doria, que mantém na gaveta 1,35 millhões de testes travando sua distribuição.

Leia mais: Doria e Covas deixam na gaveta 1 milhão de testes enquanto mortes não param de crescer em SP

É urgente garantir testes para todos. É a única forma de reverter a subnotificação e que tenhamos uma real noção da quantidade de infectados para poder cuidar dos pacientes. Assim como, é fundamental ampliar os leitos de UTI para todos os que precisam e estatizar os hospitais privados, centralizados no SUS. Dessa forma, é possível salvar milhares de vidas.




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