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GREVE PROFESSORES SP | Governo Alckmin, derrotado no tribunal, diz que vai pagar dias da greve

Depois de uma dura batalha judicial, amplamente divulgada em nosso site, tudo indica que o Geraldo Alckmin vai finalmente pagar os dias que restam da greve dos professores da rede estadual de São Paulo.

quarta-feira 12 de agosto de 2015 | 00:00

O mesmo governador que declarou, no caso do Pinheirinho em São Jose dos Campos, que “determinação judicial se cumpre e não se discute”, está há mais de um mês enrolando para pagar os dias ilegalmente descontados em nossa greve. A obrigação para o pagamento dos salários já foi determinada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e pelo Superior Tribunal Federal, a mais alta Corte Judicial de nosso país.

Mais uma vez o governador Alckmin se encontra fora da lei. Se fosse um professor que desrespeitasse uma determinação judicial, estaria, com certeza, respondendo a processo administrativo, como é comum nas administrações tucanas. Mas a justiça que, no discurso é cega, “enxerga” muito bem quem vai punir e quem não vai.

O governo primeiro tentou manobras judiciais, depois pagou somente parte dos dias. Hoje declarou que no dia 24 de agosto realizará o pagamento dos dias de greve que ainda não foram pagos.

O governo tenta de todo modo manobrar a decisão judicial, pois isso significaria uma derrota importante para o seu projeto de atacar a educação. Infelizmente, se transformou em uma “infeliz tradição” o corte de salários dos professores no estado de São Paulo, em grande medida por responsabilidade da direção petista da APEOESP, que nunca levantou uma luta séria contra o corte dos salários.

Como temos denunciado em varias ocasiões, a direção majoritária de nosso sindicato (chapa 1 - CUT e CTB), não preparou a entrada na greve, durante a própria greve nunca tiveram uma estratégia para que ela fosse vitoriosa, e igualmente propôs uma saída de forma totalmente desorganizada.

Após o fim da greve, a presidenta da APEOESP, Maria Isabel de Azevedo Noronha, em uma reunião na Secretaria Estadual de Educação, já com a categoria desmobilizada, negociou o que em suas palavras, fora um grande acordo de reposição, onde os Conselhos de Escolas aprovariam a quantidade de dias e como esses seriam repostos. Isso foi uma traição à categoria, deixando a vanguarda a mercê de cada direção de escola, e exposta a todo tipo de pressão e assédio moral. Todos sabemos que em sua maior parte esses Conselhos de Escola nada mais fazem do legitimar as decisões das direções das escolas.

Os professores precisam ficar atentos para a continuidade das ações ilegais do governo do estado. Não descartamos que Alckmin possa tentar no fim do ano, quando terminar o período possível de reposição, descontar mais uma vez as aulas não repostas, literalmente dando com uma mão e tirando com a outra.

Nesse sentido, é necessário iniciar imediatamente uma campanha por direito de reposição integral das aulas e de não desconto das que não puderem ser repostas. Ao mesmo tempo, lembramos que já estamos quase no meio de agosto e que até agora Herman, contrariando o que disse em 92 dias de greve, não apresentou nenhuma proposta de reajuste, isso em um ano em que a inflação chegará à casa dos 10%.




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