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METRO DE SÃO PAULO | Governo Alckmin anuncia corte de 28% no orçamento do Metro

O governador de São Paulo Geraldo Alckmin enviou proposta de orçamento à Assembléia Legislativa na qual a verba destinada a ampliação e modernização do Metrô de SP cai dos 4,3 bi investidos em 2015 para 3,1 bi em 2016. Essa proposta faz parte do ajuste econômico que Alckmin vem implementando em SP, em consonância com os outros estados e com o governo federal.

terça-feira 17 de novembro de 2015 | 23:36

O governador de São Paulo Geraldo Alckmin enviou proposta de orçamento à Assembléia Legislativa na qual a verba destinada a ampliação e modernização do Metrô de SP cai dos 4,3 bi investidos em 2015 para 3,1 bi em 2016. Essa proposta faz parte do ajuste econômico que Alckmin vem implementando em SP, em consonância com os outros estados e com o governo federal. A proposta também prevê redução no orçamento destinado a CPTM, que irá ter queda de 45% em modernização e ampliação em relação ao ano anterior, com R$350 mi a menos.

No Metrô a linha mais atingida pelos cortes será a linha 5-Lilás, que terá queda de 73% nos investimentos, a mesma linha que arrasta a construção de sua ligação com o restante do sistema metroviário a mais de dez anos, com várias obras paradas e outras em ritmo lento. A linha 5-Lilás é também a mesma que Alckmin afirmou que iria entregar para a iniciativa privada em julho desse ano, também como parte do ajuste econômico em SP. Tal ligação não é gratuita, uma vez que a queda de investimentos em um serviço público faz parte de um processo de sucateamento que visa facilitar a privatização deste serviço, como já vimos ocorrer em diversos outros casos.

Os investimentos previstos para a manutenção dos trens e das vias irá permanecer em 60 milhões, igual ao destinado em 2015, independentemente de o número de falhas estar em permanente crescimento, causando ainda mais sofrimento a população que além de andar espremido também tem que aturar os inúmeros atrasos causados por essas falhas. Segundo o jornal SPTV da TV Globo, foram 235 falhas em 2014, um aumento de mais de 100% em relação ao apurado pelo Sindicato dos Metroviários de SP em 2013, quando ocorreram 113 falhas graves, chamadas de "incidentes notáveis" pela empresa.

A queda no investimento no transporte demonstra a firmeza de Alckmin em garantir que os prejuízos da crise sejam pagos pelo povo, especialmente os mais pobres que dependem mais dos serviços do Estado e evitar que os lucros dos empresários sejam atingidos. Em conjunto com a Reorganização escolar que fechará dezenas de escolas, esses cortes fazem parte de uma ofensiva em prol do desmonte e da privatização dos parcos direitos que os trabalhadores conseguiram a custo de muita luta. É necessário que esses mesmos trabalhadores organizem-se para exigir uma devassa nas contas das empresas públicas e garantir que os bilhões desviados pela corrupção e pelos conchavos com os empresários sejam revertidos para o uso comum.




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