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GOVERNOS ESTADUAIS | Governadores devem fechar mandatos com calote devido a déficit de R$60bi

MaréProfessora designada na rede estadual de MG

terça-feira 16 de janeiro de 2018 | Edição do dia

Segundo levantamento feito pelo economista Raul Velloso, em três anos os Estados passaram de R$16 bilhões positivos para R$60 bilhões negativos. Esses números alertam que, como 2018 é o último ano de mandato dos atuais governadores e as contas tem que ser fechadas sem deixar resto a pagar para o próximo mandato, algumas contas provavelmente não serão pagas.

Zerar esses déficits até o fim do ano, segundo Velloso, é uma tarefa impossível. Consultor de orçamentos da Câmara, o economista Leonardo Rolim diz que “há uma fila de Estados prontos para passarem por uma crise aguda”, como a que já atingiu Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, e se expressa em Minas Gerais sob regência de Pimentel (PT), que anunciou nessa segunda um orçamento deficitário e mais ataques aos servidores públicos.

Essa profunda crise que enfrentam os Estados pela qual os funcionários públicos têm pagado, ao contrário do que aparece nos jornais burgueses e nas propagandas do governo federal, não se resolve com a falsa “salvação da economia” através da reforma da previdência, um verdadeiro roubo a milhões de trabalhadores, e tende a piorar. Temer e seus capachos têm trabalhado ofensivamente para culpabilizar a previdência por essa situação calamitosa que é fruto da crise capitalista internacional que já passa dos dez anos, sem tocar na "bolsa banqueiro" que é a dívida pública (que consome quase metade - 50%! - do PIB nacional).

Assim, oferece como solução a reforma da previdência, mais um ataque aos trabalhadores que já enfrentam a “escravidão legalizada” pela reforma trabalhista, o sucateamento dos serviços públicos e suas privatizações, o atraso de salários e décimos terceiros, as demissões e o desemprego.

Não cobram os R$ 25 bilhões de reais que o banco Itaú deve aos cofres federais (que constituem quase um terço do dinheiro que o governo quer poupar em 10 anos atacando milhões na previdência), e querem que arquemos com o custo de sua crise.

Mas nem Temer, nem os governadores e nem seus economistas assumem que são eles mesmos os culpados por essa crise, que não impediu que políticos de vários cargos, em vários Estados, mantivessem e até aumentassem seus salários e privilégios; nem que as dívidas milionárias das grandes empresas fossem perdoadas; nem que o pagamento da dívida pública seguisse sem atrasos, engordando os bolsos dos banqueiros.

O calote dos Estados não pode cair sobre as costas dos trabalhadores. Se governadores como Pezão, Sartori, Pimentel e Robinson Faria têm que tomar medidas drásticas para fechar as contas de seus mandatos, que comecem por taxar as fortunas, por exemplo, de Vittorio Medioli, o prefeito mais rico do país. Os trabalhadores não vão pagar a conta da crise dos banqueiros e empresários, envolvidos por mil laços a esquemas corruptos com a casta política brasileira.




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