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CRISE DA SAÚDE NO RJ | Governador Pezão coloca a saúde do Rio na UTI

Crise se agrava cada vez mais, governos não dão soluções efetivas. Estão descarregando a crise nas costas dos servidores e da população

quinta-feira 24 de dezembro de 2015 | 01:04

Não é de hoje que a saúde vem sendo precarizada com o intuito de levar à cabo o projeto de privatização do governo do Estado do Rio de Janeiro. Este projeto de privatização objetiva a desvalorização do SUS e a mercadorização da saúde pública. Isto se dá pela adesão da EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) nos hospitais universitários, inserção das Organizações sociais (OS) na administração dos serviços básicos de saúde, empresas estas, privadas, que só estão preocupadas com lucros.

Entregando de bandeja da administração da saúde pública para essas empresas, o governador Luiz Fernando Pezão deixa milhões de pessoas sem ter atendimento hospitalar e emergencial, chegando ao cumulo de hospitais a emergência com tapumes colocando avisos que só atenderiam em casos de risco iminente de morte. Há um caos instaurado pela política de governo que garante dinheiro para Olimpíadas mas destrói a saúde e educação.

Nas últimas semanas, tem sido noticiado, a falta de recursos de vários hospitais de referência, a falta de insumos e materiais básicos para funcionamento dos mesmos assim como o não pagamento dos salários dos trabalhadores dos Hospitais.

Os Hospitais que mais tem encontrado dificuldades para manter são o Albert Schweizer, em Realengo (onde Médicos fizeram denuncia na 33ª DP pelas inexistentes condições do hospital de prestar de atendimento à população) ; Hospital Getúlio Vargas, na Penha (problemas com falta de insumos e medicamentos essenciais, não tem funcionários para fazer a limpeza do local, que está sendo garantida pelos garis); Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias ( Emergência do hospital só atende casos graves); Hospital da Mulher Eloneida Studart, em São João de Meriti ( emergência fechada por falta de pagamento); Hemorio (principal banco de sangue do Estado do Rio não tem bolsas para armazenar os sangues); Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia, no Centro; Instituto de Cardiologia Aloysio de Castro, no Humaitá; Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo ( falta de insumos) ; Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes; Hospital Rocha Faria, em Campo Grande ( redução dos leitos pela metade, emergência limitada, e não pagamento dos servidores); Instituto de Diabetes 9 falta de seringas e fitas adesivas); IECAC( falta de médicos); HUPE ( trabalhadores terceirizados da limpeza sem receber); hospital São Francisco.

Há Unidades de Pronto Atendimento (UPA) com problemas no atendimento, cerca de 16 UPAs do Estado (Duque de Caxias, Niterói, Nova Friburgo, Cabuçu em Nova Iguaçu, Duas em São Gonçalo, Saracuruna, Magé, Realengo, Ricardo de Albuquerque, Marechal Hermes, Taquara, Jacarepaguá, Botafogo, Barra Mansa, Cabo Frio) relatam sobre o atendimento precário e os fechamentos. Hoje, profissionais dos Hospitais Rocha Faria e Getúlio Vargas fecharam ruas pertos dos hospitais contra o fechamento e péssimas condições dos hospitais pelo não pagamento dos salários dos servidores.

Pezão alega que o Governo do Estado do Rio de Janeiro precisa de uma quantia em torno de R$ 300 milhões para que seja possível a reabertura das emergências de hospitais estaduais que estão fechadas e para compra de insumos. Contudo, não falta verba para isentar a divida de R$ 38 milhões que a Supervia tem com a Ligth, para obra do Museu do Amanhã custou ao Estado mais de R$215 milhões. Na última segunda dia 21/12 foi formado um gabinete da crise por órgãos do Rio de Janeiro. Estão presentes neste gabinete o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, Ministério Público Federal, Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro e as Defensorias Públicas da União e do Estado. Dilma Rousseff, em reunião com ministros no Palácio do Planalto decidiu criar, nesta quarta feira (23/12) ,um novo gabinete da crise. No entanto, a situação segue se alarmando a cada dia que passa sem soluções efetivas.

Estão descarregando a crise nas costas dos servidores do estado que estão sem o 13°, da população que precisa acessar os hospitais que estão fechados, enquanto as obras para as olimpíadas continuam a todo vapor. É necessário unir trabalhadores da saúde e a população para dar uma saída para essa crise em base à luta.




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