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MINISTRO DA SAÚDE DE BOLSONARO | Gigante dos planos de saúde financiou campanha de ministro da Saúde de Bolsonaro

Além de investigado nos crimes de fraude em licitação, tráfico de influência e caixa 2, ministro da Saúde de Bolsonaro é aliado do empresariado dos planos de saúde: recebeu dinheiro da Amil em 2014 na sua campanha para deputado federal. Contrário ao programa Mais Médicos, futuro ministro vai atacar ainda mais duramente o direito básico à saúde gratuita e de qualidade.

quarta-feira 21 de novembro de 2018 | Edição do dia

Bolsonaro a cada dia divulga um novo integrante de seu governo, deixando evidente que o real objetivo por trás de seu governo: atacar os trabalhadores e o povo pobre em cada um de seus direitos, para garantir o lucro dos capitalistas. Ontem (20), Bolsonaro divulgou ao lado de Onyx Lorenzoni (DEM), futuro ministro da Casa Civil, que ocupará o cargo de ministro da Saúde Luiz Mandetta.

Para além dos escândalos de corrupção que Mandetta está envolvido, ele possui uma ligação bastante íntima com o empresariado dos planos de saúde, setor muito interessado no fim do Sistema Único de Saúde para que possam lucrar bilhões com vendendo todo tipo de serviço de saúde. Em 2014, em sua campanha para deputado federal, Mandetta recebeu R$ 100 mil da Amil, empresa que vende serviços de saúde fundada no Rio de Janeiro. A amil foi comprada pela United Health, gigante estrangeira da saúde, que entrou no país a partir de aprovação de lei do governo Dilma que passou a permitir capital estrangeiro na saúde privada.

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Médico de formação, Mandetta já deixou muito claro que tipo de planejamento tem para a saúde pública: ataques e mais ataques contra um dos mais importantes direitos conquistados. Em entrevista declarou que o SUS estaria em processo de "falência", ao mesmo tempo que defendeu medidas que atacam diretamente o acesso do povo mais pobre à saúde como o fim dos médicos cubanos no programa Mais Médicos. Mandetta comparou a vinda dos médicos cubanos para atuar no SUS nas regiões mais pobres com um "navio negreiro do século XXI", quando na realidade o programa tinha como preferência médicos brasileiros, que ainda sim preenchiam pouquíssimas vagas.

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Mandetta também foi presidente da Unimed, outra prestadora de serviços médico-hospitalares, indicando que o futuro ministro da Saúde é bastante conhecido no ramo dos capitalistas da saúde. Do outro lado, o SUS continua sendo sucateado há décadas, sofrendo com subfinanciamento e abrindo ainda mais espaço para o avanço da privatização, o que tende a ser um processo ainda mais violento no governo Bolsonaro, como já se mostrou com o episódio da saída dos médicos cubanos.

Assim, os capitalistas continuam usando os governos como balcões de negócio, para garantir seus interesses e lucrar bilhões, enquanto a conta da crise é despejada nas costas dos trabalhadores e pobres. O direito mais fundamental de acesso à saúde e o SUS serão ainda mais duramente atacados em nome do avanço das empresas privadas na saúde, penalizando e deixando cada vez mais vulnerável a classe trabalhadora e povo pobre.




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