Em reunião com o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e sob protesto dos trabalhadores, a empresa anunciou intenção de reduzir quadro pela metade.
Jovem operário Campinas
quarta-feira 25 de janeiro de 2017 | Edição do dia
A patronal da Gevisa ameaça reduzir pela metade o efetivo da fábrica, que tem por volta de 800 trabalhadores. Após anunciar que daria licença remunerada, em reunião com o sindicato na segunda-feira, sob protesto dos trabalhadores, a empresa revela o plano de demitir massivamente. As demissões são parte de um plano de reestruturação, frente ao cenário econômico de crise que levou a queda de receita da empresa. Este cenário de desemprego se aprofunda na região de Campinas, ano passado a MABE foi ocupada após anunciar o fechamento das plantas, onde dois mil postos de trabalho foram perdidos e mesmo operários lesionados, que de acordo com a legislação deveriam ter estabilidade, foram demitidos.
No sistema capitalista são recorrentes as crises econômicas, geradas pela sua própria lógica interna. É uma forma anárquica de produção em que a competição entre os capitalistas leva a queda da taxa de lucro e nesses momentos, para sair da crise, os parasitas burgueses buscam de todas as formas descarrega-la nas costa dos explorados. Isso é feito tanto através da retirada de direitos, como tem sido os ataques do governo, com o golpista Temer a frente, quanto pelos ataques dos patrões em cada fábrica, aumentando a exploração e demitindo, e que junto com a burocracia encastelada nos sindicatos atam as mãos dos trabalhadores. Na prática deixam a burguesia com mais folga para demitir e aumentar a jornada de trabalho, acabar com a aposentadoria e levar até o limite a exploração, tudo para saciar a ganância dos capitalistas. Demissão significa trabalhador em situação de vida ou morte, com contas a pagar família a sustentar, com a fome rondando a sua casa, amargando no desemprego e na precarização da sua vida.
Nenhuma demissão! Força aos operários da Gevisa! A luta travada na Gevisa é uma luta de todos os trabalhadores!
É necessário cercar de solidariedade e transformar essa luta em uma batalha de todos os trabalhadores, fazer um plano com fundo de greve e ações para ganhar o apoio da população, e frente ao cenário de demissões temos que lutar pela redução da jornada de trabalho sem redução do salário, pauta histórica da nossa classe assim todos podem trabalhar.