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General no comando e militarização da Saúde são rechaçados por maioria da população aponta pesquisa

Pesquisa do instituto Vox Populi apontou que 82% dos brasileiros acreditam que a nomeação do general Eduardo Pazuello como ministro interino da Saúde foi uma má decisão do presidente Jair Bolsonaro. Segundo a pesquisa, 65% dos entrevistados acreditam que os militares não deveriam participar do governo ou exercer qualquer atuação política.

terça-feira 14 de julho de 2020 | Edição do dia

Pesquisa do instituto Vox Populi confirmou que a onipresente atuação dos militares no governo Bolsonaro não agrada a população. Segundo a pesquisa, 65% dos entrevistados acreditam que os militares não deveriam participar do governo ou exercer qualquer atuação política. Contrariando a enorme presença de militares da ativa no governo - se estima em aproximadamente 3 mil militares exercendo cargos no Executivo.

A pesquisa avaliou em particular a aprovação do atual ministro da Saúde o general Eduardo Pazuello. Uma expressiva parcela da população 82% desaprovou a nomeação do general para o cargo.

Em meio às disputas entre Bolsonaro e demais poderes, com o Judiciário a frente, os militares se fortaleceram no papel de árbitro avalizando e se comprometendo cada vez mais com o governo reacionário, assumindo mais poderes e cargos centrais. Nesse movimento chegaram ao comando da pasta da Saúde, após a saída de Nelson Teich, o general Pazuello que já era o número 2 da pasta passou à dirigir a área mesmo sem qualquer conhecimento técnico e experiência, tudo isso em meio a pandemia.

Dessa forma, os militares tornaram-se cúmplice da política assassina de Bolsonaro e de seu negacionismo relativizando a doença e preocupando-se em primeiro lugar com o lucro dos empresários. Porém, tampouco no bloco de STF, Maia e governadores, tratou-se de forma consequente a pandemia. Apesar do discurso de oposição, os diferentes governadores não tardaram em reabrir os comércios, mesmo sem ter garantido testes, leitos ou sequer EPIs para os trabalhadores da saúde.

Esse massivo repúdio a politização das Forças Armadas expresso na pesquisa mostra o erro das políticas que se limitam ao Fora Bolsonaro. Não basta tirar Bolsonaro, é preciso avançar para retirar os militares também, que assim como Judiciário e Congresso foram protagonistas do processo de degradação do regime que desembocou em Bolsonaro. É preciso agitar o Fora Bolsonaro, Mourão e os militares, mas sem ter nenhuma confiança em Rodrigo Maia, STF e demais golpistas, que buscam se reabilitar através das frentes amplas. Só a ação independente das massas trabalhadoras pode oferecer uma resposta da classe para que não sejam os trabalhadores a pagarem pela crise. Por isso defendemos uma nova Assembleia Constituinte, que seja Livre e Soberana, para que seja o povo a decidir os rumos do país.




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