5 mil indígenas de 93 povos espalhados em diversos países receberam o diagnóstico de Covid-19 e fez com que a taxa geral de letalidade quintuplicasse, um verdadeiro genocídio.
quarta-feira 24 de junho de 2020 | Edição do dia
Foto: Foto: MICHAEL DANTAS/AFP
Como já foi evidenciado, o coronavírus atinge particularmente os setores mais precários. Nos indígenas da regiao pan amazônica, é um verdadeiro genocídio que só lembra a guerra biológica na ocupação europeia há 500 anos atrás. Devido ao descaso dos governos dos distintos países, que não garantiram testes, agora o vírus atingiu até mesmo tribos isoladas e que também são aliados de latifundiários que invadem as terras indígenas.
Essas populações são especialmente suscetíveis ao coronavírus por diversas razões. Com a pandemia, o número de mortes totais subiu absurdos 550%. Segundo levantamento de Coiab e Ipam, a taxa é 50% maior que a média nacional.
Isso sem contar a imensa substantificação. No estado do Amazonas, por exemplo, a Secretaria de Saúde Especial Indígena detectou 1.213 casos confirmados do novo coronavírus entre os indígenas e 47 óbitos. Pesquisadores, no entanto, acreditam que esse número seja pelo menos 3 vezes maior, em virtude de erro de contabilização que classifica os índios como pardos.
A região pan amazônica inclui vários países. No Brasil, inclui o estado do Amazonas, cuja capital Manaus chegou a um ponto de fazer protocolos entre quem vivia e quem morria. Também inclui países como Bolívia e Equador, onde a crise chegou a um patamar em que as pessoas morriam na rua por falta de atendimento..
Nas populações indígenas ainda existe o forte agravante que muitas estão isoladas há dias de barco de um hospital e necessitam de UTIs aéreas. No entanto, enquanto os ricos conseguem isso, são poucas as disponibilizadas para os indígenas. Enquanto isso, os governos reabrem a economia sem garantir os mínimos de condições sanitárias e fecham os olhos para o genocídio em curso.
Temas
