Tornando a corrupção um negócio de família, os parentes da ex-mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, atuavam como funcionários fantasmas do gabinete de Carlos Bolsonaro e eram cadastrados no endereço da antiga casa do casal, para onde eram encaminhadas comunicações fiscais e administrativas dos funcionários da Câmara.
segunda-feira 13 de setembro de 2021 | Edição do dia
Imagem: Marcos Ramos / Agência O Globo
Segundo a Folha, Gilmar Marques (ex-cunhado de Ana Cristina), André Luís Procópio (irmão de Ana Cristina), Andrea Siqueira Valle (irmã de Ana Cristina) e Marta da Silva Valle (cunhada de Ana Cristina) eram todos funcionários fantasmas do gabinete de Carlos Bolsonaro e parte do esquema de corrupção da família.
Os parentes eram cadastrados no endereço da antiga casa de Bolsonaro e Ana Cristina, que foi comprada em 2002 e vendida em 2008. O endereço era fornecido no cadastro da Receita Federal ou na Câmara Municipal do Rio de Janeiro é o local para onde são encaminhadas as comunicações fiscais e administrativas dos funcionários da Câmara.
O esquema que abrange quase toda a família Bolsonaro teria começado no legislativo municipal, implantado por Ana Cristina, e depois aplicado no gabinete do filho 01, Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Durante a separação, a ex-esposa de Bolsonaro teria sido substituída pelo ex-PM Fabrício Queiroz.
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