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REFORMA TRABALHISTA NA FRANÇA | França: a juventude toma as ruas contra Macron

O novo semestre ainda não começou oficialmente, mas os estudantes parisienses já começaram a luta.

Marie CastañedaEstudante de Ciências Sociais na UFRN

terça-feira 12 de setembro de 2017 | Edição do dia

Os estudantes formaram uma expressiva coluna unitária na mobilização desta terça-feira em Paris, para se manifestarem junto aos trabalhadores contra a lei de reforma trabalhista de Macron, uma reforma "XXG" (extra grande) que afeta o seu futuro em especial.

Chegando das universidades Paris 1, Paris 6, Paris 8 e Nanterre, os jovens se concentraram na Bastilha para começar a marchar pelas ruas da capital francesa. Os cantos e cartazes expressavam o rechaço ao conjunto de medidas preparadas pelo governo contra os trabalhadores e a juventude, entre elas, a ideia de impor uma “seleção” mais restritiva para as universidades.

O governo de Macron sustenta que a universidade “não é para todo mundo” e exibe um discurso de seleção “meritocrática” que na realidade cobre um ataque elitista e de classe para restringir o acesso à universidade para os filhos da classe trabalhadora e setores empobrecidos.

Em uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, um conjunto de organizações políticas e sindicais dos estudantes e a juventude fizeram um chamado unitário para somar forças e se mobilizar conjuntamente contra os planos de Macron.

Os estudantes fizeram um chamado para fortalecerem a mobilização, impulsionaram Assembleias Gerais (AG) nas faculdades a partir da próxima semana, propondo impulsionar uma nova jornada de luta no dia 21 de setembro que foi convocada pela CGT.

A manifestação em Paris terminou rapidamente com repressão, como era habitual nas mobilizações do movimento contra a reforma trabalhista de Hollande. Na coluna de juventude participaram muitos que já tiveram sua experiência durante esta “primavera” de luta, mas também muitos outros que tomam as ruas pela primeira vez, contra Macron. Algo que parece que continuarão fazendo nos próximos meses.

Embasado em um artigo de Jean Patrick Clerk para Revolution Permanente, em Paris.




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