As tropas militares que estão no comando do Rio de Janeiro desde o dia 16 de fevereiro, realizaram nessa sexta-feira (09) a 6° invasão em apenas duas semanas na Vila Kenndy, favela da zona oeste da cidade.
sexta-feira 9 de março de 2018 | Edição do dia
As tropas militares que estão no comando do Rio de Janeiro desde o dia 16 de fevereiro, realizaram nessa sexta-feira (09) a 6° invasão em apenas duas semanas na Vila Kenndy, favela da zona oeste da cidade.
Essa ação tinha como objetivo, para além de instaurar o terror nos moradores, prender suspeitos foragidos e acabar com barricadas criadas pelo crime organizado em ruas da favela.
Algumas das barricadas foram reerguidas, mas voltaram a ser destruídas por forças de engenharia de combate do Exército que usaram fortes equipamentos e maquinário pesado para retirar mais de 100 dessas obstruções na favela.
Porém sabemos que o combate ao crime organizado e à violência é um mero discurso, pois o papel que cumprem as forças armadas produzem milhares de vítimas desse estado repressor que tem como único objetivo calar os trabalhadores e a juventude.
As operações vêm contando também com o uso de forte aparato militar, como blindados e helicópteros. Tudo isso para reforçar a repressão nas favelas e intensificar os ataques aos moradores periféricos.
Como se não bastasse, nessa quinta-feira (08), os militares aproveitaram o Dia Internacional da Mulher para distribuir mil rosas brancas para as moradoras, com o intuito de ganhar a confiança da população local.
Segundo o porta-voz do comando conjunto, coronel Carlos Cinelli, a ação aproveita a presença da intervenção federal para "celebrar" o Dia da Mulher na favela, “em um gesto que expressa o desejo de paz e estende a mão em acolhimento e proteção”.
Como se as fosse alguma novidade os mais diversos casos de violencia que sofremos dia a pós dia por esse mesmo exercíto que nos estrega flores mas também nos estupra, mata e nos violenta. Parece não ter fim o desresreito e hipocrisia dos militares.
Não tenhamos dúvida que serão os negros e os mais pobres as primeiras vítimas de cada uma dessas invasões do exército não somente na Vila Kennedy, mas em todas as favelas do Rio.