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REFORMA TRABALHISTA | Força Sindical sem limites na traição, chama confiança no governo mesmo após reforma

Um dia após a aprovação da reforma trabalhista, onde os congressistas aprovaram a retirada de todos os direitos dos trabalhadores, permitindo uma exploração absurda que faz jus a herança escravocrata da burguesia brasileira, ainda assim a Força Sindical segue chamando confiança no governo. Que Temer irá aprovar a MP que lhes garante o imposto sindical, contudo até esse ponto está comprometido pela negativa de Rodrigo Maia ratificar a MP na Câmara.

Isabel Inês São Paulo

quarta-feira 12 de julho de 2017 | Edição do dia

Pela manhã dessa quarta feira Rodrigo Maia aumentou os decibéis contra Temer, se até uma semana atrás dizia se manter no governo, nessa manha se colocou contrário ao acordo de Temer com a Força Sindical para manutenção do imposto sindical na reforma trabalhista por via da aprovação de uma MP. Maia querendo aparecer descolado de Temer e com jogo próprio, como homem duro nos ajustes, negou retroceder ao fim do imposto sindical.

Esse ponto da reforma vem desde o início sendo o principal ponto de desgaste de com a Força Sindical, central sindical sempre propensa vender-se descaradamente aos patrões e apoiadora do golpe, que quer defender o imposto para manter seus próprios privilégios enquanto negocia e deixa passar os verdadeiros ataques aos trabalhadores. Mas ainda sim, vendo a possibilidade do governo recuar no acordo, a central segue confiante no governo, segundo a revista Veja “o Juruna, diz que conversou com Maia hoje de manhã e que ele se comprometeu a manter o acordo. “Ele garantiu que, chegando lá, vai colocar a MP em debate”, relatou a VEJA. “O que está conversado está acordado.” Em rede social Juruna confirmou a mesma informação.

Já desde antes do dia 30 de Junho, onde estava chamada a greve geral, a Força se colocou contrária a luta, dizendo que precisávamos rever o conceito de greve. Isso porque essa central morre de medo dos trabalhadores se organizarem e superem a direção traidora da central. O dia 30 poderia ter sido ainda maior que a greve do dia 28, contudo a Força teve papel chave de impedir isso.

Usando de sua força burocrática e de seu aparato não organizou a luta, pelo contrário desmobilizou e deu vários indícios à mídia e aos políticos que iriam impedir a greve para seguir suas negociatas com o governo Temer. Tentando desmoralizar os trabalhadores.

Mesmo com a manobra de Maia, a Força segue fiel ao acordo com Temer, que segundo eles deve sancionar a MP nessa quinta feira. Para a Força não importa os diversos pontos da reforma que atacam as férias, os descansos e horário de almoço, os contratos de trabalho flexíveis e diversos outros, o que importa é manter o imposto. Por isso não organizaram nada nessa terça feira, dia que foi aprovada a reforma. A nota emitida pela central diz explicitamente esse objetivo depois de citações protocolares de que lutará contra a reforma: "reafirmando nossa opção de dialogar amplamente com o governo federal e com o Congresso no sentido da imposição de vetos presidenciais ao texto aprovado e de viabilizar a edição, e posterior aprovação, de uma medida provisória para corrigir os itens mais negativos da reforma, preservar direitos trabalhistas consagrados e a estrutura sindical, instituição vital à ampliação e à consolidação de uma democracia avançada."

Essa central traidora não pode dar qualquer resposta aos trabalhadores, é necessário combater e superar essa direção. Os trabalhadores mostraram nas últimas paralisações e greves, que tem vontade de lutar e podiam ter barrado as reformas se não fosse a traição dessa central e a conivência da CUT e CTB (que trataremos em outro texto) que trabalham pela desmobilização, votaram contra a greve do dia 30 no estratégico metrô de São Paulo, e mesmo contra a condenação de Lula pouco farão apostando que velhos golpistas de toga ou mandato parlamentar possam acordar coisas com seus antigos parceiros de administração do capitalismo. E num momento onde a crise no regime segue aberta, e Temer quer “mostrar serviço” com a aprovação da reforma, Maia quer se mostrar ainda mais duro que Temer para ter apoio do "mercado" a que vire presidente num golpe dentro golpe, a única saída possível é a organização dos trabalhadores junto aos jovens e setores oprimidos.

Um plano de luta coordenado por comitês de base, onde sejam os trabalhadores que definam os rumos da luta, atividades, ações e principalmente com qual política irão atuar, é a forma de superar essas centrais e impedir a traição. Apesar de tudo, até a força fala em “seguir na luta”, sob sua política interesseira com o imposto sindical. É preciso construir a luta de fato com o objetivo político de derrotar Temer e as reformas impedindo traições e desvios.




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