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2021 | Fome aumenta 40% no mundo e bilionários ficaram US$ 1 trilhão mais ricos em meio às mortes da COVID

Em 2021, durante a Pandemia da Covid, a irracionalidade capitalista mostrou sua face mais hedionda: A fortuna somada das 500 pessoas mais ricas do mundo aumentou em mais de R$ 5,57 trilhões e a fome cresceu 40% no globo, atingindo mais de 800 milhões.

segunda-feira 3 de janeiro de 2022 | Edição do dia

Mortes, fome, desemprego, trabalhos precários e desigualdade: essa é a realidade oferecida pelo sistema capitalista, sistema que prioriza os lucros à vida.

As estatísticas não deixam mentir: Segundo o índice de bilionários da agência Bloomberg, a fortuna somada das 500 pessoas mais ricas do mundo aumentou em mais de US$1 trilhão (R$ 5,57 trilhões) em 2021. O patrimônio líquido somado desse clube agora ultrapassa US$ 8,4 trilhões (R$ 46,9 trilhões), mais do que um PIB individual de todos os países, exceto China e Estados Unidos.

Enquanto isso, a insegurança alimentar aguda aumentou 40% este ano (2021) no mundo, com a alta recente dos preços dos alimentos, exacerbada por pressões existentes de conflitos, mudanças climáticas e a pandemia da Covid-19, revelou, em relatório recente sobre a fome, o Programa Mundial de Alimentos da ONU (Organização das Nações Unidas).

Agora, é importante deixar claro que a fome não cresceu à despeito do enriquecimento estrondoso desse punhado de parasitas. Não. Na realidade, esses 500 superbilionários só enriqueceram porque a fome crescia galopantemente no mundo. Essa é a lógica do sistema capitalista, um sistema que gera muita riqueza, mas não a distribui, muito pelo contrário, a concentra.

É justamente essa lógica perversa que explica como Jeff Bezos, a segunda pessoa mais rica do mundo, ganhou mais US$ 2 bilhões em 2021. O fundador da Amazon fechou o ano com US$ 192 bilhões em caixa, ao mesmo tempo em que impedia seus trabalhadores, que geraram todos as riquezas que agora concentra e usa para financiar suas viagens espaciais, de se sindicalizarem (um direito mínimo de organização da classe frente à exploração capitalista).

No Brasil, país celeiro do mundo, um dos maiores produtores de alimentos do planeta, é vergonhoso, revoltando e nojento ver as filas do osso e do lixo que marcaram, como uma ferida aberta, o ano de 2021. Pessoas tendo de se submeter a se alimentar das sobras das sobras por um lado, e, por outro, toneladas de comida são desperdiçadas uma vez que não vão gerar retorno lucrativo. Ou seja, não se produz para que as pessoas comam, mas sim para enriquecer.

Todos esses sinais só reforçam a necessidade de superação desse sistema de miséria. O capitalismo não consegue dar conta das demandas mais básicas e elementares da humanidade, então ele merece acabar. E será pelas mãos da classe trabalhadora, esse setor da sociedade que produz toda a riqueza e não pude usufruir plenamente dela, que o capitalismo morrerá!




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