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ELEIÇÕES 2020 | Flavia Valle lança pré-candidatura do MRT a vereadora em Contagem

A professora Flavia Valle anunciou em suas redes que é pré-candidata a vereadora da cidade de Contagem, Minas Gerais. Confira abaixo o conteúdo de sua publicação.

sexta-feira 21 de agosto de 2020 | Edição do dia

Sou Flavia Valle, professora da rede pública estadual de Minas Gerais desde 2011, quando batalhávamos contra a gestão do PSDB e os ataques dos tucanos à educação pública. Formada na UFMG, trabalho desde 2016 no Eldorado, na Escola Estadual Helena Guerra, onde tenho amigos educadores e estudantes queridos. Sou fundadora com muito orgulho do grupo de mulheres Pão e Rosas em Minas Gerais.

Como parte das pré-candidaturas revolucionárias e de trabalhadores que o MRT vem lançando em várias cidades por filiação democrática, anuncio minha pré-candidatura para vereadora em Contagem pelo PSOL, que nos concedeu sua legenda, diante da anti-democrática lei eleitoral, para que pudéssemos defender nossas próprias posições políticas.

Em Contagem aprendo muito com a história de lutas e batalhas de trabalhadores e nossa população, lutas pelos nossos direitos contra a arrogância de grandes empresários e sua sede de lucro, contra governos autoritários do passado e do presente como o de Bolsonaro. Batalho contra cada uma das medidas dos governos de Romeu Zema e de Alex de Freitas que são uma afronta aos direitos de trabalhadores e da população.

Em 2016 fui a candidata a vereadora mais votada do PSOL na cidade. Em 2018 fui candidata a deputada federal pelo mesmo partido, novamente representando as propostas do MRT, e tenho orgulho de ter levado à frente aquela campanha para denunciar as eleições manipuladas que levou a extrema direita à presidência. Apresento novamente minha candidatura para batalhar por uma Contagem para os trabalhadores, contra os ataques da direita golpista e da extrema direita e para que os capitalistas paguem pela crise.

Como professora contratada trabalhei em escolas na rede estadual em Contagem e na Funec, onde fiz amizades especiais e tive experiências que carrego com muito carinho. Com as educadoras e estudantes da Escola Estadual do Carajás em 2015, no Nacional, lutamos junto à comunidade escolar, estudantes e ex-alunos contra o fechamento da escola. Mesmo ano em que acompanhei de perto a mobilização de educadores e estudantes da Escola Pedro Pacheco, no Santa Cruz Industrial, contra seu fechamento. E pudemos contribuir com uma imprensa de trabalhadores, o Esquerda Diário, para fazer essas batalhas mais conhecidas na cidade.

Compus redes de solidariedade operária e popular às famílias atingidas pelo crime da Vale em Mariana. E ajudei a organizar em Contagem e Belo Horizonte campanhas pela reestatização da Vale sob gestão dos trabalhadores e controle popular. Também participei de redes de solidariedade em Contagem frente às tragédias capitalistas como ao crime da Vale em Brumadinho em 2019, as enchentes do começo do ano que destruiu moradias, uma barbárie que não é um desastre natural. É fruto de gestões de prefeituras que priorizam a ocupação da cidade para servir aos interesses dos empresários e não os do povo pobre e trabalhador.

Em todos esses anos acompanhei as mobilizações de trabalhadores das indústrias de nossa cidade. Famílias que enfrentaram demissões e redução de salários em meio à pandemia, uma forma cruel das patronais descarregarem a crise nas costas dos trabalhadores. Estive lado a lado dos trabalhadores terceirizados da construção civil da empresa terceirizada UrbTopo da Vallourec, que enfrentaram a patronal multinacional e a patronal terceirizada para assegurar seus empregos e impedir que famílias passassem fome. Luta na qual também defendi o direito dos companheiros terceirizados poderem ser contratados imediatamente, com os mesmos direitos de trabalhadores contratados. Além de ter organizado dezenas de panfletagens no Cinco, na Cidade Industrial e na Vallourec junto com a Juventude Faísca, trabalhadores do Movimento Nossa Classe e mulheres do Pão e Rosas.

Frente ao golpe institucional de 2016 estive junto a outras educadoras na linha de frente de todas as mobilizações contra o golpe, denunciando a Lava Jato de forma independente do PT, lado a lado da juventude nas ocupações de escolas. Não defendo o legado político deste partido que geriu durante 13 anos um governo junto a capitalistas em nosso país, responsável por retiradas de direitos dos trabalhadores mais precários com a expansão da terceirização, vínculos com grandes monopólios capitalistas como os da educação e da mineração, que também estiveram presentes nas gestões petistas em nossa cidade e estado. E isso nunca me impediu de defender a liberdade de Lula e seu direito a se apresentar como candidato nas eleições.

Junto com a juventude e trabalhadores da educação enfrentei em Contagem o governo de Carlin Moura do PCdoB, que foi um governo de ajustes contra o povo e trabalhadores. Ajudei a organizar lado a lado da juventude na cidade atos contra o aumento das passagens. E ombro a ombro com meus colegas da rede municipal da educação também lutamos contra esse governo.

Contra a reforma da previdência fui parte da auto-organização desde a base de trabalhadores da educação de aulas públicas na cidade e também participei de panfletagens junto ao sindicato de trabalhadores da educação de Contagem nas escolas e comunidades no Eldorado, Petrolândia, Industrial, Sede, Nova Contagem, Nacional, Ressaca, Riacho. Foram dezenas de encontros em comunidades, escolas. Batalhas que também levou a sermos alvo de repressão do governo de Fernando Pimentel, quando tivemos educadores covardemente agredidos pela Polícia Militar em nossas greves.

Sempre defendi o direito da juventude ao futuro, à arte, ao lazer, a não morrerem pela bala da polícia racista. Compus todos os atos de mulheres em defesa de nossos direitos. Estes que foram mais fortemente atacados com o governo Bolsonaro-Mourão e seus projetos reacionários como o Escola Sem Partido, o qual combato e pelo qual já fui ameaçada por redes virtuais da extrema direita. Vários representantes dessas ideias conservadoras contra os trabalhadores, a juventude, as mulheres, negros e LGBT são candidatos nessas eleições em Contagem e não podemos deixá-los impor suas posições que defendem apenas uma minoria machista, racista e cheia de privilégios.

Estive à frente do apoio a lutas das mais diversas categorias de trabalhadores. Por isso tenho muito orgulho de caminhar lado a lado com companheiras e companheiros petroleiros contra a privatização da Petrobrás, e também da Cemig e da Copasa. Em meio à pandemia estive nas paralisações de entregadores e acompanhei de perto desde o início do ano as lutas das trabalhadoras da saúde que salvam vidas tendo que se enfrentar com o descaso dos governos de Zema, Alex de Freitas e de Kalil nos hospitais. Se somos uma só classe devemos batalhar por uma só luta contra as formas dos capitalistas descarregarem ainda mais fortemente a crise nas costas de nós trabalhadores, em sua maioria companheiros negros e negras.

Por tudo isso, sabemos que nossas batalhas não são apenas na cidade. Junto dos meus companheiros do MRT e com nossas pré-candidaturas revolucionárias e de trabalhadores em Contagem e diversas cidades do país, lutamos para que a mobilização dos trabalhadores possa mudar não apenas os jogadores mas as regras do jogo, pelo fora Bolsonaro e Mourão e impondo uma nova constituinte que revogue todos os ataques e para que sejam os capitalistas que paguem pela crise. Nesse caminho, batalhamos pela independência de classe e por isso criticamos a política do PSOL de se aliar com o PT em distintas cidades do país, motivo pelo qual minha companheira Lívia Tonelli retirou sua pré-candidatura em Campinas. Os que defendem se aliar eleitoralmente com a conciliação de classes do PT para enfrentar a extrema-direita, são os mesmos que se calam diante das traições das burocracias sindicais desse partido.

Luto pela unidade da classe trabalhadora, contra esse sistema capitalista e por uma nova sociedade sem exploração e opressão. Coloco minha pré-candidatura a serviço de todas essas batalhas e faço um chamado para que lutemos por uma Contagem para os trabalhadores e trabalhadoras!

Para saber mais, conheça as propostas do MRT diante da crise e acompanhe nossas próximas publicações com ideias para toda a cidade e os trabalhadores.




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