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Violência machista | Feminicídio: marido espanca mulher até a morte em SP. Justiça para Anna!

Anna Caroline Valença, de 26 anos, foi mais uma vítima de feminicídio na cidade de Vila Santista, São Paulo. Ela foi agredida com socos, o que fez com que caísse no chão da cozinha, e chutes, que perfuraram seu intestino e causaram hemorragia interna; foi socorrida em estado grave e levada para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu dois dias mais tarde de infecção generalizada após perder muito sangue por causa das agressões.

quarta-feira 16 de março de 2022 | Edição do dia

Segundo matéria do Yahoo!, no dia Anna teria descoberto que seu marido a estava traindo e tentou ir embora de casa. Em entrevista ao G1, a mãe da jovem, Priscila Valença Reis, de 41 anos, contou que ela trancou a filha e a irmã mais nova em um quarto da casa para que não vissem o espancamento. Ela disse:

“A Carol prendeu as duas dentro do quarto [filha e irmã] para elas não verem. Ela tentou se defender, mas ele bateu tanto nela que ela só conseguiu gritar para a irmã dela chamar o resgate. Ele deixou minha filha jogada no chão como se fosse nada".

“Minha filha vivia um relacionamento abusivo há 12 anos. Ele é muito articuloso, e ela nunca teve outro homem. Menina do interior, cheia de sonhos. Ele pegava os cartões dela, prendia ela dentro de casa. Se você visse o estado que minha filha estava no caixão, ficou irreconhecível", relatou Priscila.

"Ela ia recomeçar uma vida, mas não deu tempo. Queria embora e ele não deixava porque mais uma vez ele traiu ela. Minha filha mais nova disse que ele chegou do nada e começou a bater nela. Ninguém acreditava nela quando ela chamava a polícia."

O relato de sua mãe escancara o quão brutal é a violência machista, deixando filhas órfãs, uma mãe sem sua filha, e terminando com a vida de uma mulher que simplesmente não queria mais estar num relação abusiva.

Esse feminicídio não é um caso isolado. Segundo pesquisa, o Brasil tem 1 estupro a cada 10 minutos e 1 feminicídio a cada 7 horas. Esse nível de brutalidade com as mulheres, que acomete em particular as negras e trabalhadoras, faz parte de uma cadeia de violência sistemática que vai desde os salários desiguais para com os homens, o trabalho precário, o controle do Estado sobre o corpo da mulher com a proibição do aborto, na impunidade da justiça com casos como o de Marielle e na falta do mínimo de amparo para essas mulheres.

O Estado também é responsável! O reacionarismo machista de extrema-direita de Bolsonaro e Mourão dão carta branca para feminicídios como esse, enquanto estão juntos ao Congresso, com a bancada evangélica por exemplo, e o STF para massacrar a vida das mulheres com reformas ultraneoliberais e essa violência machista estrutural. Mais uma prova de que o patriarcado está intimamente ligado ao capitalismo. Por isso, precisamos impor justiça para Anne com a força da luta das mulheres e do conjunto da classe trabalhadora!




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