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Cinismo | Febraban, patrocinadora do golpe de 2016, cinicamente assina documento “em defesa da democracia”

Desde que Bolsonaro voltou a sua bravata golpista asquerosa, todas as instituições patronais responsáveis pelo golpe de 2016 de repente passaram cinicamente a falar em “democracia”. É também o caso da Febraban.

quarta-feira 27 de julho de 2022 | Edição do dia

Desde que Bolsonaro voltou a sua bravata golpista asquerosa, todas as instituições patronais responsáveis pelo golpe de 2016, e patrocinadoras de tantos outros golpes pela América Latina, de repente passaram cinicamente a falar em “democracia”.

É também o caso da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) que acaba de divulgar que irá assinar, junto à FIESP, o documento ’Em Defesa da Democracia e da Justiça’. O documento será publicado no dia 11, em uma clara movimentação no sentido dos atos eleitorais organizados pelas forças políticas da chapa Lula-Alckmin.

Desde o governo imperialista do democrata Biden, passando por mega empresários como Eugênio Staub (Gradiente), Ivo Rosset (Valisére) e Lawrence Pih (Moinho Pacifico), até a FIESP e agora a Febraban, não estão nem de longe interessados em defender qualquer democracia, ou direito democrático no Brasil. Não à toa como sabemos foram articuladores do golpe de 2016. Não esqueçamos que o golpe militar de 1964 também foi patrocinado pelo grande capital nacional e internacional estadunidense.

Falar de “democracia” no Brasil depois do golpe de 2016, que deu super poderes para o judiciário e inundou os cargos executivos com militares herdeiros da ditadura, é o mais puro cinismo. Um amplo espectro de golpistas em 2016 agora enche a boca para falar de "democracia", pedindo a manutenção da ditadura patronal nas fábricas, armazéns logísticos e serviços, claro. Os banqueiros milionários da Febraban, assim como a patronal industrial da FIESP, falam de “defesa das instituições democráticas” para isolar as aventuras retóricas de Bolsonaro e construir um pacto em torno do regime do golpe de 2016 e a continuidade do seu projeto econômico, que vem sendo aplicado a risca desde Temer. Mas querem toda a agenda econômica de Bolsonaro de pé, qualquer que seja o governo. Defender as reformas e ajustes de Bolsonaro-Guedes como um patrimônio intocável. E assim querem que continue após as eleições, independente de quem sair vencedor.

Não à toa o documento que está sendo assinado não trás apenas a preservação das instituições da “democracia” burguesia golpista de 2016, mas também o plano econômico que deverá ser aplicado após eleições. Esses patrocinadores de ditaduras, contra as aventuras sem futuro de Bolsonaro, defendem seu próprio golpe, aquele no qual seguimos.

Mas Lula, que foi preso na eleição de 2018, para que o golpe seguisse nas eleições manipuladas abrindo caminho para Bolsonaro, como vem dizendo desde que foi reabilitado para as eleições, já perdoou os golpistas, a lava jato e o judiciário. Tanto perdoou que agora está de mãos dadas com eles, com o tucano Alckmin de vice e se aliando com toda a patronal da FIESP e os banqueiros da Febraban rumo aos atos eleitorais do dia 11.

Acontece que o golpe de 2016 não foi contra o PT e o Lula, foi contra a classe trabalhadora, as mulheres os negros, a juventude, que hoje ainda sofrem e a amargam na fome, na miséria e no desemprego, para que essas instituições que regurgitam a palavra “democracia” possam lucrar com nosso suor e sangue.

Por isso é fundamental que nosso combate contra Bolsonaro e a extrema direita seja feito em base a independência de classe, sem nenhuma confiança nessas instituições, sem se aliar com nossos inimigos, com patrões e golpistas, e com aqueles que estão de braços dados com esses, como faz o PT e a chapa Lula-Alckmin. Nada conseguiremos nos aliando com burgueses e os golpistas bem sucedidos de ontem para enfrentar o golpista fracassado de agora.

Nossa luta tem que ser contra todos os ataques que estamos sofrendo e seguiremos sofrendo após as eleições. É preciso nos organizar pela base, de cada local de trabalho, de cada local de estudo, para impor a anulação da reforma trabalhista e da previdência e todos os ajustes econômicos que vem jogando a crise nas nossas costas, através dos métodos de luta da classe trabalhadora, com greve e paralisações.




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