Francisco Paulo de Carvalho, de 57 anos, morreu na última sexta-feira (18), quando estava voltando do trabalho e foi confundido com um bandido. Policiais dizem que foram atacados.
segunda-feira 21 de setembro de 2020 | Edição do dia
Imagem: Cléber Júnior / Agência O Globo
A morte do trabalhador está sendo investigada pela Delegacia de Homicídios da Capital (DH). Policiais dizem que houve um confronto com bandidos no local, e familiares da vítima afirmam que os policiais atiraram sem serem atacados. Ele se encontrava em uma lanchonete da Rua Zizi, no Morro do Gambá, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Segundo testemunhas: “Ele passou num bar e ia comprar uma Coca-Cola. No momento que ele agachou para pegar alguma coisa dentro do carro, o PM veio atirando, sem querer saber se era traficante, morador ou nada. Em nenhum momento prestaram socorro ou deram assistência”. Francisco foi socorrido por amigos e parentes e chegou a ser levado para o Hospital Salgado Filho, mas não resistiu e chegou morto ao local.
De acordo com o irmão de Francisco, não houve nenhuma operação policial na comunidade e após atirar no trabalhador os policiais ainda disseram: “Isso acontece. Se vira”.
“A gente quer justiça. Ele era trabalhador. E a gente sabe que não vai ser o último”, disse outra pessoa que não se identificou.
Exemplos absurdos da atuação assassina da polícia contra o povo negro e trabalhador se tornaram cotidiano no Rio de Janeiro. Como no caso da menina Ágatha Felix, que foi brutalmente morta um ano atrás e seu carrasco segue trabalhando na PM. Francisco não é um caso a parte, lutaremos por justiça! a esquerda precisa levantar um programa independente para polícia, como os manifestantes dos EUA vem mostrando que é possível. Pelo fim dos autos de resistência, por júri popular para os crimes policiais e pelo fim dos batalhões de polícia especiais!
Fonte: Globo News
