Os dois policiais abordaram três vezes os familiares de Moïse de forma intimidatória no dia seguinte ao assassinato e também em dias seguintes.
quinta-feira 3 de fevereiro de 2022 | Edição do dia
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
A família de Moïse Mugenyi Kabagambe, Congolês de 24 anos que foi brutalmente espancado e assassinado por três homens na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, conta que foi coagida e intimidada por dois policiais militares.
A primeira abordagem teria acontecido no próprio dia da morte de Moïse. Os policiais teriam sido filmados, mas no corte divulgado à imprensa este trecho não aparece.
A segunda abordagem intempestiva teria ocorrido no dia seguinte, terça-feira, quando os familiares foram até o quiosque tentar descobrir o que de fato havia acontecido. Novamente esta dupla de policiais apareceu de forma intimidatória abordando os familiares, pedindo documentos e dizendo para eles não fazerem perguntas.
Já a terceira teria sido no dia 29, durante o ato realizado em frente ao quiosque. Mesmo o número maior de pessoas ao lado da família não foi suficiente para mudar a postura destes dois policiais que seguiram fazendo perguntas de forma intimidatória e ameaçadora aos familiares, modus operandi bem comum a polícia carioca, de prática extremamente miliciana.
A família e entidades do movimento negro estão convocando um ato neste sábado(05) às 10 horas em frente ao Quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.