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PANDEMIA | Falta de leitos: 22 mil pessoas morreram de Covid-19 em UPAs inadequadas para casos graves

Ao longo da pandemia, mais de 22 mil pessoas com Covid-19 internadas em UPAs morreram. As UPAs não possuem estrutura para internar pacientes por mais de 24h, e nem para pacientes com casos graves.

segunda-feira 10 de maio de 2021 | Edição do dia

(Foto: Lucilia Guimarães/SMCS)

Os dados são de levantamento do jornal O Estado de São Paulo. A necessidade de se internar pacientes em UPAs por longos períodos de tempo aconteceu pelo colapso do sistema de saúde em diversos estados, com a falta de leitos em hospitais.

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Existe uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), de 2014, contra as internações em UPAs por mais de 24h, por que elas não possuem estrutura suficiente para isso, tanto no sentido de equipes médicas especializadas, quanto de insumos como oxigênio. No entanto, o tempo médio de internação foi 11,6 dias durante a pandemia. Isto são fatores que ampliam a mortalidade entre os pacientes internados.

Isto é uma precarização da saúde e uma consequência direta dos cortes de gastos com o SUS, fruto do Teto de Gastos, que pioraram a qualidade do atendimento e deixaram o país vulnerável a qualquer epidemia, como a de Covid-19, como fica demonstrado pelos mais de 400 mil mortos.

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