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LEGALIZAÇÃO DO ABORTO | Façamos como as Argentinas: A luta pela legalização do aborto

Na última terça feira, (10) dezenas de milhares de mulheres saíram às ruas de Buenos Aires para exigir do congresso Argentino, a legalização e regulamentação do aborto. Tinham como foco três pautas principais: educação sexual para decidir, anticoncepcionais para não abortar e aborto legal seguro e gratuito para não morrer.

Mariana DuarteEstudante | Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo

quinta-feira 12 de abril de 2018 | Edição do dia

Na última terça feira, (10) dezenas de milhares de mulheres saíram às ruas de Buenos Aires para exigir do congresso Argentino, a legalização e regulamentação do aborto. Tinham como foco três pautas principais: educação sexual para decidir, anticoncepcionais para não abortar e aborto legal seguro e gratuito para não morrer.

Graças a uma massiva mobilização do movimento de mulheres que há décadas levanta essa pauta, o congresso argentino e o presidente Macri, se viram obrigados a pautar a questão da legalização do aborto. Na terça feira, 10, ocorreu a primeira sessão parlamentar que pautará essa reivindicação tão importante para o movimento de mulheres internacional. O projeto a ser apresentado, elaborado como parte da Campanha pelo aborto legal seguro e gratuito, pela sétima vez consecutiva no dia 6 de março, contou com a assinatura de cerca de 72 deputados de esquerda de diversos partidos.

Dentre eles, estavam Miryam Bregman, Nicolás del Caño e Nathalia Gonzalez, militantes do Partido Socialista dos Trabalhadores e parte da Frente de Esquerda que junto ao grupo de mulheres Pan y Rosas, se colocam na linha de frente da defesa do projeto e batalham para que os parlamentares do Cambiemos, partido do qual Macri faz parte, não realizem nenhum tipo de manobra ou imponham algum empecilho para que este siga ocorrendo.

Na argentina, assim como no Brasil, são centenas de milhares de mulheres que morrem por ano vítimas de abortos clandestinos. O Estado aqui e lá, se isenta de sua responsabilidade, tendo em vista que a morte de todas essas mulheres passa por uma questão urgente de saúde pública.

A colocada do projeto em pauta é fruto de uma intensa mobilização das trabalhadoras e estudantes argentinas, que saíram as ruas para exigir um direito tão básico quanto o direito a nossos próprios corpos. Sabemos que as mulheres mais afetadas pelos abortos cladestinos, são as mulheres trabalhadoras, jovens e pobres que não tem condições de realizar abortos por fora da clandestinidade em condições totalmente insalubres.

É um grande exemplo para o movimento de mulheres brasileiro o que hoje ocorre na Argentina, aonde podemos nos apoiar para batalhar em cada local de estudo e trabalho para que sejamos milhares nas ruas lutando por esse direito tão fundamental. O grupo de mulheres Pão e Rosas, na Argentina e aqui coloca todas suas forças a serviço dessa pauta. Basta de mortes por abortos clandestinos!




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