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ELEIÇÕES 2018 | A extrema direita quer escravizar os trabalhadores brasileiros

"Um país que tem um Ministério Público do Trabalho atrapalhando não tem como ir para frente", disse Bolsonaro em seu comício, ajoelhando diante da sede de lucro dos empresários.

segunda-feira 27 de agosto de 2018 | Edição do dia

O candidato do PSL ao Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro, criticou neste sábado (25), em entrevista à TV TEM (afiliada da TV Globo), a atuação do Ministério Público do Trabalho, que ele classificou de obstáculo para o desenvolvimento do país. Ele disse que, se eleito, vai "tirar o Estado do cangote do produtor".

"O maior incentivo que a gente pode dar com o setor produtivo é tirar o Estado do cangote do produtor. Por outro lado, conversando com a nossa equipe econômica, nós temos que desburocratizar e desregulamentar muita coisa, de forma que aquela pessoa que queira empregar não seja refém do Estado", declarou o candidato na entrevista à TV Tem.

"Conversei com um piscicultor agora há pouco aqui [Catanduva] sobre as dificuldades, imposto, energia cara e licença ambiental. Um país que tem um Ministério Público do Trabalho atrapalhando não tem como ir para frente", complementou.

Alckmin já havia sustentado a eliminação do Ministério do Trabalho, tratando de colher uma porção da base eleitoral de Bolsonaro.

Em debate de televisão, o reacionário ex-capitão havia dito que os trabalhadores poderiam escolher: ou menos direitos, e algum emprego; ou todos os direito, e nenhum emprego. Uma síntese do programa da extrema direita, que fala fino diante dos mercados e do imperialismo no país.

A solução que a esquerda anticapitalista e socialista propõe é o oposto disso: atacar os capitalistas. Propomos a redução da jornada de trabalho - sem redução salarial - para 6 horas, 5 dias na semana, e a partilha das horas de trabalho entre empregados e desempregados, para acabar com o delírio deste modo de produção anárquico, que por um lado deixa milhões no desemprego, enquanto outros milhões sofrem com jornadas de 12h, 14h ou mais horas de trabalho.

A reforma trabalhista de Temer deve ser abolida, assim como deve ser abolido o pagamento da dívida pública, que deixa 25 milhões de trabalhadores no desemprego.

Este programa é o que pode combater pela raiz a continuidade do golpe institucional nessas eleições tuteladas pelo autoritarismo judiciário (não apoiamos voto no PT, mas defendemos o direito de Lula se candidatar, e do povo decidir em quem votar).




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