André Sturm, secretário municipal de cultura, em função da repercussão negativa causada pela remoção dos grafites, foi obrigado a concordar que a Avenida 23 de Maio "ficou muito cinza"
terça-feira 24 de janeiro de 2017 | Edição do dia
Foto: Nilton Fukuda/Estadão
Nesta sexta-feira (24), no segundo dia da operação que visa acabar com o maior mural de grafites da América Latina localizado na Avenida 23 de Maio, os espaços apagados amanheceram salpicados de tinta colorida. O secretário municipal de Cultura, André strum, foi obrigado a concordar que a Avenida 23 de Maio “ficou muito cinza”.
Segundo Sturm a prefeitura terminará de remover durante os próximos dias todos os murais da avenida que não estiverem em bom estado de conservação. Apenas 8 grafites serão mantidos, disse o secretario sem especificar quais. Anteriormente Dória indicou que iria manter o grafite do artista Eduardo Kobra.
João Doria desde o início do ano, como parte do programa cidade linda, mantém uma política higienista, como demonstrou sua ação de retirada dos moradores de rua e instalação de uma tela verde no viaduto 9 de julho, para onde forma transferidos, como forma de escondê-los. Elitista, o prefeito desconsidera as pichações como parte da cultura urbana, e promove políticas que buscam cercear os direitos e liberdade de expressão da população e principalmente da juventude.
Ele havia afirmado que os pichadores deveriam virar artistas e “se quiserem continuar disputando com a prefeitura, serão perdedores”.
Depois da impopularidade gerada pela ação autoritária de apagar os grafites da 23 de Maio, a gestão tucana estuda a possibilidade de realizar um Festival do Grafite com artistas convidados e material fornecido pela prefeitura, para tentar aumentar sua popularidade com os artista da cidade. O local do festival ainda não está confirmado. Anteriormente, Doria anunciou que a a 23 de Maio teria 8 espaços para grafites e desenhos.
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